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SAÚDE
Pelo menos 50 pessoas teriam contraído o vírus em Toninhas; secretaria manda exames para o Adolfo Lutz
Ubatuba apura contágio de rotavírus
da Folha Vale
A Secretaria da Saúde de Ubatuba suspeita que 50 pessoas tenham
contraído o rotavírus no bairro
Toninhas. O vírus é transmitido
pelo ar ou por alimentos contaminados e os seus sintomas são febre,
diarréia e vômito, podendo ocasionar desidratação.
Segundo o secretário da Saúde,
Marcos Silveira Franco, a situação
não está fora de controle e a prefeitura estará monitorando a ocorrência de novos casos.
Das 50 pessoas, que estão no condomínio "Se Achegue", a Vigilância Epidemiológica vai selecionar
amostras de urina, fezes e sangue
de dez e enviar o material para o
Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo. O problema não foi constatado
em outras regiões da cidade.
A reportagem da Folha não conseguiu entrar em contato com representantes do condomínio até as
19h50 de ontem.
Franco suspeita que os sintomas
dos integrantes do condomínio tenham sido resultado da ação do
rotavírus, pois não foi encontrada
nenhuma irregularidade sanitária
nas instalações dos prédios, nos
alimentos e na água que vem sendo
utilizada.
Segundo o gerente da agência
ambiental da Cetesb (Companhia
de Tecnologia de Saneamento Ambiental) do litoral norte, Silvio do
Prado Bohn Júnior, a praia das Toninhas esteve própria para o banho em 98.
"A análise de balneabilidade vem
demonstrando que a praia é própria para o banho. Agora não cabe
à Cetesb fazer avaliação sobre o rotavírus. Ainda não se sabe como
ele foi transmitido", disse.
O secretário da Saúde, no entanto, afirmou que a Cetesb está colaborando com a prefeitura e realizando coleta da água.
O médico do pronto-socorro do
Instituto Albert Einstein Arnaldo
Lichteinstein disse que atendeu
dez casos anteontem de pacientes
que supostamente estariam contaminados pelo vírus.
"Isso é muito comum nesta época do ano, não há nada de alarmante", disse.
Segundo ele, é muito difícil de se
diagnosticar a contaminação pelo
vírus, pois seus sintomas se confundem com uma simples diarréia.
Com o tempo, o paciente começa a
ter vômitos e febre. O vírus provoca desidratação, mas o paciente
não corre risco de vida.
A Santa Casa de Ubatuba, único
hospital na cidade, informou que
vem atendendo entre quatro e cinco casos de diarréia por dia, média
considerada normal.
Segundo o secretário da Saúde,
os primeiros casos surgiram no
condomínio "Se Achegue" no início deste ano. "As pessoas que estavam passando mal procuraram
um farmacêutico e não um posto
médico, onde poderiam ter sido
melhor orientadas", disse.
Segundo o secretário, o vírus poderia ter sido levado ao município
até mesmo por um turista, porque
é transmitido pelo ar.
"Não é verdade que o município
está deixando o turista doente",
afirmou.
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