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TRANSPORTES
Empresas de ônibus da cidade admitem um reajuste inferior a 30%; medida pode atingir 12 linhas
S. José propõe corte de linha ociosa
da Folha Vale
A Secretaria dos Transportes da
Prefeitura de São José está propondo o corte de horários ociosos
de ônibus para conceder um reajuste menor na tarifa. As empresas, que reivindicavam aumento
de 40% a 80%, já admitem reduzir
o índice para 30%.
As empresas condicionam a redução à otimização das linhas e a
uma ação mais forte contra os perueiros clandestinos.
"Nada impede que negociemos
tarifas menores, desde que a administração faça realmente trabalhos para a otimização do sistema
de transporte e para coibir a ação
dos perueiros no município",
afirmou o representante das três
empresas, Duarte Alves Marques.
Ele disse que, se fosse considerado apenas o aumento do combustível, o reajuste deveria ser de
30%. "Se os perueiros não existissem, o reajuste seria muito menor. O valor mínimo da tarifa seria de R$ 1,30", afirmou.
A proposta da Secretaria dos
Transportes é remanejar os veículos que circulam em horários menos usados por usuários e deslocá-los para linhas que apresentam
maior movimento, principalmente durante o pico - pela manhã e no início da noite.
De acordo com Marques, das 69
linhas existentes na cidade, pelo
menos 12 linhas estão dentro desse contexto.
O estudo realizado pela Secretaria dos Transportes para analisar
alternativas ao aumento da passagem, solicitado pelo prefeito
Emanuel Fernandes (PSDB), foi
entregue na última terça.
As três empresas que operam
no setor pediram reajustes que
vão até 80%, reivindicado pela
São Bento. A Capital do Vale pediu 40% e a Real, 59%. Atualmente, a tarifa custa R$ 1.
Impacto
Segundo o secretário dos Transportes, Eduardo Cury, o remanejamento de horários seria uma
forma de minimizar o impacto do
aumento dos custos e a queda do
número de passageiros por quilômetro rodado (IPK), que aponta a
produtividade das companhias.
As planilhas apresentadas à administração indicam quedas entre 14,5% e 25,4%.
Para Marques, os resultados de
uma possível readequação seriam
visíveis em longo prazo. "Isso poderia fazer frente a um custo menor no futuro."
A extinção de linhas supostamente deficitárias foi descartada
pela prefeitura. A diferenciação
dos valores das tarifas dos ônibus
comuns e dos microônibus que
possuem ar-condicionado também foi proposta no estudo.
O sistema de transporte urbano
em São José possui 300 ônibus,
que atenderam, em média, cerca
de 3,8 milhões de passageiros por
mês neste primeiro semestre.
A assessoria de imprensa da
prefeitura informou que o prefeito ainda não finalizou os estudos
sobre a nova tarifa. A reportagem
da Folha não conseguiu entrar
em contato com Emanuel até as
21h45 de ontem.
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