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SEGURANÇA
Manifestação por melhores salários reuniu 80 mulheres de policiais, servidores públicos e representantes de sindicatos
Mulheres de PMs fazem novo protesto
MARIA TERESA MORAES
FREE-LANCE PARA A FOLHA VALE
Cerca de 80 mulheres de policiais militares e civis de São José
dos Campos, além de servidores
públicos municipais, realizaram
ontem de manhã um protesto
conjunto durante as comemorações do 234º aniversário do município.
As mulheres dos policiais reivindicam reajuste salarial de 41%
para os seus maridos. Os servidores municipais querem aumento
de salários de 35%.
Tanto o governo do Estado
quanto a Prefeitura de São José se
recusam a negociar a concessão
de aumento salarial.
A manifestação contou, ainda,
com a participação de cerca de 30
mulheres de policiais de São Paulo e 15 de Taubaté.
Os participantes saíram em passeata, às 10h, da frente da Câmara,
e caminharam cerca de quatro
quilômetros até o Parque da Cidade, na zona norte de São José dos
Campos.
Eles usavam nariz de palhaço,
portavam faixas e trajavam camisetas brancas com inscrições relativas às reivindicações.
Participaram da manifestação
dirigentes das associações de policiais civis e militares do Estado,
vereadores da oposição ao governo estadual e ao prefeito Emanuel
Fernandes (PSDB) e representantes de sindicatos ligados à CUT
(Central Única dos Trabalhadores).
As mulheres distribuíram à população um "certificado de persona non grata" que trazia o nome
do secretário de Estado da Segurança Pública, Marco Vinício Petrelluzzi.
"De maneira pacífica, estamos
mostrando à população em que
condições os policiais do Estado
estão trabalhando", disse a presidente do Sindicato dos Escrivães
de Polícia do Estado, Mirtis Clara
Azzalim.
Vários motoristas e pedestres
acompanharam a manifestação
das mulheres dos policiais. "Não
sou parente de nenhum policial,
mas acho que para garantir a segurança da população os policiais
precisam ter um salário melhor",
disse a dona-de-casa Luiza Leite,
40.
Por volta de 11h, os manifestantes chegaram ao Parque da Cidade, onde fizeram um protesto durante a cerimônia de reinauguração do Museu do Folclore.
Participavam do ato o prefeito e
comandante do CPI-1 (Comando
de Policiamento do Interior), coronel Sebastião de Souza Pinto.
Uma das organizadoras da manifestação, que não quis se identificar, temendo que o marido sofra
represálias, disse que o ato conseguiu atingir seu objetivo, que era
o de conscientizar a população
sobre a situação dos policiais militares e civis.
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