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ECONOMIA
Dinheiro do Estado financia pesquisa e infra-estrutura; Embraer deve levar 14 empresas à região de Ribeirão
SP paga R$ 137 mi por pólo aeroespacial
EVANDRO SPINELLI
ENVIADO ESPECIAL A SÃO PAULO
O governo do Estado vai investir
R$ 136,9 milhões para manter a
Embraer e o pólo aeroespacial na
cidade de Gavião Peixoto, na região de Araraquara.
Além da fábrica de aviões, mais
14 fornecedoras de peças e equipamentos também foram convidadas pelo governo do Estado para se instalar na mesma região da
nova fábrica da Embraer.
O anúncio da nova fábrica foi
feito ontem pelo governador Mário Covas (PSDB) em solenidade
realizada no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista.
Além dos US$ 60 milhões (R$
109,2 milhões) que serão usados
pela Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São
Paulo) para financiar projetos de
pesquisa e do terreno de 600 alqueires que será doado à Embraer, o governo paulista vai gastar ainda mais R$ 27,7 milhões
apenas em infra-estrutura.
A fábrica de aviões, que tem sede em São José dos Campos, também vai investir outros US$ 60
milhões em pesquisas, além de
US$ 150 milhões para erguer a nova unidade de produção.
Segundo o governador, a região
de Araraquara vai ter um enorme
afluxo de empresas, o que justifica
o investimento.
"Não demos nenhuma vantagem para a Embraer, mas se fosse
preciso, eu daria", disse o governador durante a solenidade.
O presidente da Embraer, Maurício Botelho, disse que a nova fábrica vai gerar 3.000 novos empregos ao longo de cinco anos.
Além disso, as 14 fornecedoras
devem empregar mais 1.500 pessoas.
São José
Botelho garantiu também que
os empregos gerados pela Embraer em São José dos Campos,
onde está instalada a matriz da fábrica de aviões, serão ampliados e
não reduzidos, como teme o Sindicato dos Metalúrgicos.
Atualmente, a Embraer mantém em São José cerca de 9.000
empregados. Ao longo de cinco
anos, esse número deve subir para 12 mil, segundo ele.
Na fábrica de Gavião Peixoto,
que começará a funcionar no final
do próximo ano, serão feitos testes de aeronaves e a complementação dos aviões militares produzidos em São José.
Haverá ainda um centro permanente de manutenção, e será
construída uma pista de testes de
cinco quilômetros de extensão.
Essa é a quarta unidade da Embraer no país. Outras duas estão
instaladas em São José e uma terceira fica em Botucatu.
Covas disse ontem que espera
um negociação amigável com os
proprietários da área onde será
construída a nova fábrica.
No entanto o governador foi taxativo sobre a intenção de ocupar
a área. "Se for feita a negociação,
será. Senão, será feita a desapropriação das terras."
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