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Região é a terceira mais violenta
CRISTINA LIMA MARTINS
free-lance para a Folha Vale
O Vale do Paraíba é a terceira
região do Estado com o maior número de vítimas de roubo ou furto, perdendo apenas para as áreas
metropolitanas de Santos e Grande São Paulo.
A pesquisa da Seade aponta que
5,6% da população do Vale já foi
vítima desses tipos de crime pelo
menos uma vez, contra 6,8% em
Santos e 6,6% em São Paulo.
Segundo o coordenador da pesquisa, o sociólogo Renato Sérgio
de Lima, os números confirmam
a tese de que roubo e furto são fenômenos que predominam em
cidades de médio e grande portes,
cujos índices de industrialização e
investimentos são altos.
"O acúmulo de dinheiro gera
desigualdade social, devido às
disparidades na distribuição da
renda. Isso leva, consequentemente, ao aumento da criminalidade".
Lima afirma que, por se tratar
do primeiro estudo do tipo realizado pela Seade, não é possível
afirmar se o número de ocorrências é alarmante ou não.
Só será possível responder a essa pergunta quando for realizada
outra amostragem, o que deve
acontecer dentro de quatro anos.
O sociólogo acredita, no entanto, que a situação não está fora de
controle. "Os desafios são grandes, mas a sensação de insegurança instalada entre a população faz
com que o problema pareça pior
do que é."
"Guerra"
Mesmo com os índices de furto
e roubo próximo aos da capital,
Roberto Monteiro de Andrade
Júnior, delegado-seccional de São
José dos Campos, acredita que a
polícia ainda não tenha perdido a
"guerra contra o crime".
Para ele, a população local não
precisa ficar alarmada.
"A polícia está combatendo a
criminalidade. Ainda temos o
controle da situação", afirmou o
delegado.
Já o comandante da PM em São
José dos Campos, tenente-coronel Celso Carlos de Camargo, diz
que embora não seja alarmante, a
estatística da Seade vai ser levada
em conta para a intensificação do
policiamento voltado ao combate
desses crimes.
"Estamos em uma região que
faz fronteira com as periferias do
Rio de Janeiro e de São Paulo, o
que agrava o nosso problema.
Mas nós vamos tentar reverter esse quadro."
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