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ECONOMIA
Estado destina R$ 3,6 milhões para ampliar a pista do aeroporto de Botucatu; local terá montagem do Brasília
Governo investe para atrair Embraer
VÂNIA CARVALHO
DA FOLHA VALE
O governo do Estado de São
Paulo destinou R$ 3,6 milhões para a ampliação da pista do aeroporto de Botucatu para permitir a
operação de aviões Brasília, fabricados pela Embraer.
A pista do aeroporto, que é administrado pelo Daesp (Departamento Aeroviário do Estado de
São Paulo), vai passar de 1.200 para 1.500 metros de extensão, o que
vai permitir o uso para pousos e
decolagens de linhas comerciais.
O aumento da dimensão da pista foi negociada pela empresa
com a Prefeitura de Botucatu, como condição para transferência
da produção total do modelo Brasília na cidade.
A Embraer possui duas unidades na cidade-uma delas a antiga Neiva, que foi absorvida pela
empresa. Hoje, a Embraer produz
aviões agrícolas e partes do Brasília no município.
O prefeito de Botucatu, Pedro
Losi Neto (PSDB), disse que a empresa informou que, com a reforma da pista, já em janeiro de 2001
terá o primeiro Brasília totalmente montado na cidade.
Segundo o prefeito, partes do
caça ALX, o Supertucano, já começaram a ser feitas nas fábricas
locais.
Losi afirmou que as unidades de
Botucatu também devem produzir componentes elétricos para os
aviões militares que serão produzidos em Gavião Peixoto, na nova
fábrica da Embraer.
Empregos
O deputado estadual Milton
Flávio (PSDB) disse que a reforma
era uma reivindicação de Botucatu ao governo do Estado, porque
representou criação de novos empregos.
Segundo o deputado, a Embraer
já elevou o número de contratações. Flávio disse que, há três meses, o número de empregados era
de 300. Hoje, disse, está chegando
a 1.200.
A Embraer passa por um período de expansão. Ontem, a empresa comprou num leilão uma área
de 350 mil mē que pertencia à Engesa, em São José dos Campos.
A nova aquisição vai permitir a
expansão da produção em São José, que hoje concentra toda a produção dos jatos regionais da família ERJ.
A unidade de Gavião Peixoto
deve concentrar os modelos militares, entre eles o Mirage 2000.
A carteira de vendas dos jatos
ERJ-135/140/145 totaliza atualmente 1.150 pedidos, sendo 785
firmes e 365 opções de 24 clientes
de 16 países.
Os novos jatos ERJ-170/190 contam com 325 encomendas. Até as
20h de ontem, a Embraer não tinha comentado a ampliação de
Botucatu.
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