DA FOLHA VALE

Se o relacionamento com o Executivo foi relativamente tranquilo durante a atual legislatura, o mesmo não se pode dizer em relação a grupos organizados de São José dos Campos, em especial os perueiros clandestinos.
O ápice do confronto entre perueiros e vereadores aconteceu em novembro do ano passado, quando a categoria chegou a ameaçar invadir o prédio da Câmara.
A razão foi a não-inclusão na pauta da Câmara de um projeto do vereador oposicionista Lino Bispo (PHS) que propunha a realização de um plebiscito para verificar a disposição da população em relação aos pedidos dos perueiros.
Dezenas de motoristas se aglomeraram em frente à garagem da Câmara, por onde saem os vereadores, impedindo a passagem dos veículos.
O bloqueio só foi levantado duas horas depois, quando os manifestantes foram recebidos por uma comissão de vereadores.
Desde o mês passado, os perueiros voltaram à carga, simulando acampamentos na praça Afonso Pena, onde fica a Câmara. O protesto não deu resultado.
Mesmo que a oposição vença as eleições, é pouco provável que todos obtenham a permissão para trabalhar legalmente.
Após o incidente, Bispo chegou a ser ameaçado de cassação, por colocar em risco a integridade física dos vereadores.


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