CAROLINA FARIAS
FREE-LANCE PARA A FOLHA VALE

Dois irmãos de 13 e 17 anos realizaram um sequestro relâmpago com armas de brinquedo na noite de anteontem, em Ilhabela, no bairro do Piúva, próximo à ilha das Cabras.
O empresário A.M.R.F., 37, proprietário de um hotel, foi levado pelos menores R.L.F., 13, e C.G., 17, com um funcionário do estabelecimento que não foi identificado pela Polícia Civil.
Os adolescentes estavam encapuzados e portavam duas pistolas semi-automáticas de plástico.
Os sequestradores obrigaram o empresário a ir até o centro da cidade para sacar R$ 1.000 de um caixa eletrônico. Enquanto ele sacava o dinheiro, os garotos mantiveram o funcionário do hotel no interior do carro do empresário, um Audi 80.
O empresário não conseguiu retirar o dinheiro do banco e precisou fazer um empréstimo com um comerciante da cidade para pagar o valor pedido como resgate pelos sequestradores.
Depois que a quantia foi entregue, as vítimas foram libertadas próximo ao Esporte Clube Ilhabela. A ação durou cerca de 40 minutos e os sequestradores não levaram o carro do empresário.
Além do dinheiro do resgate, foi levado de A.M.R.F. cerca de R$ 100 que estavam em sua carteira. A vítima prestou queixa à polícia quando foi libertado.
Ele descreveu as características dos suspeitos e informou que a quantia em dinheiro estava em notas de R$ 50.
A polícia da cidade foi colocada em alerta para identificar possíveis suspeitos que apresentassem as mesmas características descritas pelas vítimas.

Suspeitos
Por volta das 15h30 de ontem, a Polícia Civil prendeu dois suspeito, que portavam R$ 500 em notas de R$ 50.
Os adolescentes foram levados para a delegacia, onde acabaram confessando o crime.
Eles alegaram que cometeram o sequestro a mando de A.P.J., 27. Logo em seguida, a polícia efetuou a prisão do suposto mandante do crime.
De acordo com a polícia, os meninos tinham envolvimento com o tráfico de drogas. O pai dos garotos já havia sido preso acusado de ser traficante.
Com eles, foram recuperados R$ 975 da quantia roubada. Os adolescentes disseram ter comprado drogas para consumo próprio, e, por isso, a quantia encontrada não estava completa.
O delegado Eliel Rizzioli solicitou à Promotoria da Infância e da Juventude a internação dos garotos na Febem (Fundação Estadual do Bem-Estar do Menor).


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