Bagagem no teto requer suporte e tem limite

"Bicicletas, malas. Voou tudo na minha direção. Consegui desviar, mas poderia ter sido uma tragédia", conta o advogado Mauro Visconti, 42. A carga da família de férias no carro à sua frente se soltou do rack de teto na rodovia Castello Branco.

Quem transporta bagagem na parte externa do veículo deve ter cuidado. O principal é distribuir a carga de forma equilibrada e bem fixada.

"É possível usar cordas e extensores, mas os bagageiros fechados são mais seguros. Já as bicicletas têm travas específicas", alerta o instalador Denis Oliveira, da Auto Center Imigrantes.

O limite de peso indicado pelo fabricante não deve ser ultrapassado. A instalação também requer atenção.

"Siga o manual de instruções e depois force o conjunto para cima e para baixo para verificar se as barras estão bem firmes", orienta.

O serviço em loja evita transtornos e pode estar incluso no preço do rack.

"Há carros com longarinas de série no teto, e as pessoas acham que já podem colocar bagagem ali. Mas é preciso por, ao menos, as barras transversais", diz Mário Sérgio, gerente da Thule Aclimação.

GANCHOS

Quando não há longarinas, as barras são fixadas com ganchos de aço emborrachados.

"É importante verificar se é o gancho adequado ao carro. As medidas variam, mas não são feitos furos na carroceria", diz Sérgio.

Segundo normas do Contran (Conselho Nacional de Trânsito), a carga no teto não pode exceder 50 cm de altura, incluindo o rack, nem a largura ou o comprimento do veículo. Suporte ou carga na parte traseira do carro que cubra a placa original requer uma extra, em local visível.

Para Fernando Catalano, professor do curso de engenharia aeronáutica da USP-São Carlos, o transporte de carga no teto deve ser evitado. "Aumenta o arrasto, o ruído e o consumo de gasolina."