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Por conta própria

Importar carro de luxo de forma independente pode sair até 30% mais barato, mas há os riscos da perda da garantia e de o bem ser depreciado na revenda

Guilherme Zauith/Folhapress
Showroom da importadora Majestik tem até Rolls-Royce (ao centro) de R$ 3,9 milhões
Showroom da importadora Majestik tem até Rolls-Royce (ao centro) de R$ 3,9 milhões

FELIPE NÓBREGA
DE SÃO PAULO

O aumento do IPI e a disparada do dólar elevaram o preço dos carros importados, afetando o mercado. De janeiro a abril, o segmento encolheu 9%, e a tendência é de queda ainda mais acentuada até o fim do ano.

Esse cenário acirra a concorrência entre os importadores oficiais, ligados aos fabricantes, e os independentes, que buscam ofertas em concessionárias no exterior e as repassam para seus clientes.

Nem sempre essas "pechinchas" -modelos de alto luxo chegam a custar 30% menos nas lojas de importação independente- são sinônimos de bons negócios. A desvalorização desse tipo de automóvel costuma ser maior.

A maior parte dos consumidores que procura um importador independente busca exclusividade. É o caso do engenheiro Geraldo Moreira, 42, que encomendou um Mustang em 2008. "Até hoje o esportivo norte-americano não é trazido pela Ford", reclama.

GARANTIA

Importar um carro de forma autônoma embute outros riscos, como o da perda da garantia. As condições mudam de empresa para empresa.

Na Majestik, por exemplo, a cobertura é de um ano. Os serviços devem ser realizados em uma oficina indicada pela importadora, que traz seus carros dos Estados Unidos. Há até um Rolls-Royce Phantom Drophead Coupé no estoque, à venda por R$ 3,9 milhões.

Na Via Italia, importadora oficial da Ferrari, a garantia pode chegar a sete anos e os mecânicos são treinados na fábrica, em Maranello.

Os carros importados oficialmente podem sofrer adaptações mecânicas. Segundo a Stuttgart, representante nacional da Porsche, os veículos trazidos pela empresa passam pelo "tratamento Brasil" na linha de montagem.

"Como a gasolina vendida aqui no país tem até 25% de etanol, o motor precisa de um tratamento para não sofrer desgaste prematuro", explica o diretor Marcel Visconde.

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