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Usado antes como 'veneno', turbo é agora solução verde

Acessório virou recurso efetivo para a redução do consumo e das emissões

Rara só entre os carros nacionais, turbina deve ganhar força no país a partir de 2014, com as novas leis ambientais

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Há alguns anos, ele era mal visto e servia apenas para "envenenar" carros esportivos. Hoje, o turbo se tornou um dos principais aliados dos motores "verdes" a gasolina.

"A curto prazo, o componente é o recurso mais efetivo para fazer com que um automóvel consuma menos combustível e emita menos poluentes", explica Chirstian Streck, gerente de engenharia da Honeywell, fabricante dos compressores Garrett.

Como um "superpulmão", o turbo aumenta a quantidade de ar disponível para a combustão no motor, otimizando a queima do combustível e melhorando a performance (veja quadro ao lado).

O contraponto é que ele encarece em até 15% o valor do conjunto propulsor, aponta Henry Joseph Junior, diretor da AEA (associação de engenheiros automotivos).

Mas é o endurecimento das leis de controle de emissões que fazem proliferar a quantidade de motores pequenos de alta performance -o chamado "downsizing".

Com turbo, um motor 1.0 chega a ter a potência de um 1.8 aspirado, sendo até 30% menos "beberrão".

Apesar de serem uma alternativa, os carros híbridos (que usam um motor elétrico auxiliar para reduzir o consumo) ainda são muito caros.

NACIONAIS

No Brasil, a oferta de carros turbinados ainda é pequena e quase exclusiva dos importados. Entre os nacionais, só as versões T-Jet (1.4) do Fiat Punto e do Bravo trazem a tecnologia. Mas esse quadro deve mudar a partir de 2014, quando entrará em vigor a nova lei brasileira de emissões.

A Ford, por exemplo, planeja produzir no país o EcoBoost 1.0, de três cilindros, injeção direta e 125 cv.

"Teremos nove fábricas desse propulsor no mundo, e o Brasil tem grande chance de ser incluído", disse à Folha Graham Hoare, diretor global de motores da montadora.

No ano passado, cerca de seis milhões de veículos turbinados foram produzidos no planeta. Para 2016, a previsão da indústria automotiva é que esse número praticamente triplique.

(RICARDO RIBEIRO)

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