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Baixinha invocada

Com visual de 'superbike', Honda CBR 250R mostra boa disposição em território urbano; motor desenvolve 26 cv

GUILHERME SILVEIRA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Um motoboy na zona sul da capital paulista para ao lado da nova Honda CBR 250R e dispara: "Aí sim, hein!?". Logo depois, é uma dupla de motociclistas da polícia que se aproxima para saber mais sobre a novidade.

Trazendo a famosa sigla CBR acrescida do "R" de "racing" (corrida), a Honda chega para encarar a pioneira -e líder no segmento de pequenas esportivas- Kawasaki Ninja 250 (R$ 15.550).

A japonesa emplaca aproximadamente 300 unidades por mês. O segmento conta ainda com a Kasinski Comet GT-R (R$ 14.990) e a Dafra Roadwin (R$ 12.490).

A nova CBR aposta na tradição da marca Honda e na vasta rede de revendas espalhadas pelo Brasil para encarar a Kawasaki e vender ao menos 800 unidades mensais.

Produzida na Tailândia para diversos mercados, a CBR custa R$ 15.490.

A Folha avaliou a nova motocicleta tanto na estrada como na cidade -onde ela mostrou a que veio.

DESIGN AGRESSIVO

Com visual inspirado na Honda VFR 1200, a CBR reúne características de uma esportiva de maior cilindrada, como boa estabilidade e design agressivo.

Seu motor de 249 cm³, de apenas um cilindro e injeção eletrônica, rende 26,4 cv de potência (a 8.500 rpm). Embora não seja tão forte quanto a "Ninjinha" -com dois cilindros e 33 cv a 11.000 rpm-, a Honda mostra disposição superior em território urbano, entregando mais força com o motor em baixas rotações.

A embreagem é suave, idem para os engates do câmbio de seis marchas. Os freios, com discos na dianteira e na traseira, são fáceis de modular em frenagens rápidas. O ABS, opcional, eleva o preço da moto em R$ 2.500.

O investimento, no entanto, vale a pena, principalmente para quem usa a moto no dia a dia e precisa enfrentar condições adversas, como chuva.

A posição de pilotagem cansa o corpo em trajetos longos, já que o tórax é projetado à frente e força os punhos, como acontece nas superesportivas. Na estrada, o vento cumpre seu papel de jogar o corpo para trás, e a "bolha" frontal da carenagem protege quando o piloto está mais deitado sobre o tanque.

Sua suspensão, ajustável na mola traseira, é firme, adequada à proposta. Pede cautela em pistas com desníveis e buracos, mas agrada em curvas e desvios rápidos de trajetória.

CALOR

Graças ao motor refrigerado a água, essa Honda transfere pouco calor às pernas no trânsito carregado. Na cidade, a pilotagem é facilitada pelo fato dela ser estreita.

Peca pelo guidão, que gira pouco, dificultando o estacionamento da moto em vagas perpendiculares.

Com tanque de 13 litros, a autonomia é apenas razoável, mesmo o consumo não sendo alto. Rodando na estrada a 120 km/h, o computador de bordo apontou média de 26,5 km/l de gasolina, marca superior a de motos convencionais, cuja a aerodinâmica não é tão apurada.

Em relação às esportivas de grande porte, a CBR 250R carece daquela brutalidade nas arrancadas. Mas a ausência dessa característica, no perímetro urbano, acaba se tornando uma virtude da pequena metida a invocada.

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