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No banco de trás

O serviço de motorista particular está menos elitizado e conquista clientes pela praticidade

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Utilizar um motorista particular deixou de ser algo restrito aos muito ricos. O serviço está mais acessível, tanto financeiramente quanto na maneira de encontrar e contratar um profissional. Pode ser uma boa alternativa para quem não quer se estressar nos congestionamentos, tem medo de dirigir ou quer um pouco mais de comodidade.

"Comecei a usar um motorista particular há um ano. Na época, um profissional veio à minha empresa e ofereceu o serviço. Achei que seria uma boa e decidi experimentar", afirma a empresária Erika Fischer, 35.

Hoje, é o motorista Jorge Aparecido Sakamoto, 44, que transporta Erika em uma Chevrolet Meriva. "Assim eu posso utilizar o tempo gasto nos trajetos para trabalhar, sem correr o risco de sofrer um acidente ou ser multada", diz a empresária, que paga R$ 1.400 por mês pelo serviço.

OBRIGAÇÕES

Segundo o advogado Gustavo Granadeiro Guimarães, os requisitos que configuram um vínculo empregatício com o motorista são os mesmos de qualquer outra atividade.

"Depende de quatro fatores, que são a pessoalidade do serviço [quando apenas uma pessoa é responsável por realizar o trabalho], o salário, a subordinação [o empregado cumpre ordens do empregador] e a habitualidade, que nada mais é do que um trabalho realizado com frequência. Quando há, simultaneamente, esses quatro fatores, há um vínculo", explica o advogado.

"O motorista deve ser registrado sob as condições da CLT, o que dá direito a férias e ao 13° salário", completa Guimarães.

O funcionário público carioca Aílton Gonçalves dos Santos, 48, fez as contas e concluiu que seria interessante contratar um motorista para levar seus dois filhos e uma sobrinha à escola.

"As crianças estudam em horários e colégios diferentes e dependem de alguém para levá-las. Além da praticidade, o gasto com o motorista quase empata com as despesas que eu teria ao utilizar o transporte público, e sai mais barato do que pegar um táxi diariamente", diz Santos.

A administradora Sandra Coraini, 54, também prefere contratar um motorista com carro próprio, mas, no caso dela, para viagens. Ela mora em Botucatu (a 238 km de São Paulo).

"Comecei a usar esse serviço quando tinha uma loja de roupas. Costumava ir para São Paulo com frequência e não gosto de dirigir em estrada. Acabei optando por utilizar um motorista particular."

Sandra não teve facilidade para encontrar um bom profissional. "Tive uns cinco motoristas, com experiências boas e ruins, até encontrar o atual", diz. O motorista é chamado sob demanda e o preço do serviço varia de R$ 150 a R$ 500, no caso de uma viagem longa. "É um bom custo-benefício, pois ganho em conforto", conclui.

DEMANDA

Motorista e dono da empresa City Driver, Adriano Alves Martins, 36, diz que há uma grande demanda para esse tipo de trabalho. "Sou bastante solicitado para os mais diversos serviços. Meus clientes vão de executivos a idosos que me procuram para levá-los ao supermercado", conta.

Para oferecer um serviço de qualidade, Adriano apostou em sua formação profissional. "Tenho cursos de motorista executivo, anti-sequestro e noções de inglês e outras línguas. Lido com um público bem diverso, é bom ter um conhecimento mais amplo." (Rodrigo Lara)

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