São Paulo, domingo, 01 de fevereiro de 2004

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VERÃO


CONVERSÍVEIS

Apesar do calor que faz no país, apenas 13 carros conversíveis, todos importados, podem ser encontrados nas lojas

Uma raridade brasileira

JOSÉ AUGUSTO AMORIM
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Na Alemanha -um país onde, nesta época do ano, os termômetros lutam para ultrapassar a marca de 0C-, o número de carros conversíveis vendidos passou de 7.675 em 1990 para 24.899 dez anos mais tarde. Apesar do clima tropical, são raros no Brasil. Há só 13 modelos importados à venda.
Um deles é o Audi A4 Cabriolet, que mantém diferenças em relação ao A4. A começar pelo desenho: as lanternas ficam "suspensas" no sedã, enquanto parecem estar apoiadas no pára-choque do conversível, além da borda metálica em torno do vidro dianteiro.
Disponível no Brasil desde setembro de 2002, acumula 22 unidades comercializadas. O modelo custa R$ 260.680. É quase R$ 200 mil mais caro que o Peugeot 206 CC, mas cerca de R$ 840 mil mais barato que o Ferrari 360 Spider.
Sua capota pode ser recolhida com o carro em movimento de até 10 km/h e em menos de 30 segundos. O processo é simples, bastando segurar um botão. Mas é melhor não ter nenhum passageiro no banco traseiro, já que o movimento "invade" o interior.
A capota tem vidro térmico e conta com uma tripla camada para isolamento acústico -e térmico, em caso de frio extremo. A segurança também não foi comprometida. Em capotamentos, duas barras são automaticamente acionadas atrás dos assentos traseiros.

Motor "nervoso"
O A4 Cabriolet oferecido aqui conta com uma única opção de motorização: 3.0 V6 (seis cilindros em "V"). À disposição do pé direito do motorista são 218 cavalos de potência e 30,6 kgfm de torque (força). Mas não é porque a oferta é restrita que decepciona.
Em 2002, o conversível foi o quinto carro mais rápido entre os testados pela Folha e pelo IMT (Instituto Mauá de Tecnologia), alcançando os 100 km/h em 8,93s. Ficou atrás da A4 Avant, que cravou 8,35s. Mas foi o segundo pior em consumo de combustível. Na cidade, faz a média de 6,5 km/l.
O câmbio automático permite trocas manuais, com controle no volante. Aliado ao desempenho, o conforto ajuda o motorista. Os bancos, de couro, têm ajuste elétrico na dianteira. Quem cansar pode usar o controlador de velocidade, que vem de série.



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