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VERÃO
CONVERSÍVEIS
Apesar do calor que faz no país, apenas 13 carros conversíveis, todos importados, podem ser encontrados nas lojas
Uma raridade brasileira
JOSÉ AUGUSTO AMORIM
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Na Alemanha -um país onde,
nesta época do ano, os termômetros lutam para ultrapassar a marca de 0C-, o número de carros
conversíveis vendidos passou de
7.675 em 1990 para 24.899 dez
anos mais tarde. Apesar do clima
tropical, são raros no Brasil. Há só
13 modelos importados à venda.
Um deles é o Audi A4 Cabriolet,
que mantém diferenças em relação ao A4. A começar pelo desenho: as lanternas ficam "suspensas" no sedã, enquanto parecem
estar apoiadas no pára-choque do
conversível, além da borda metálica em torno do vidro dianteiro.
Disponível no Brasil desde setembro de 2002, acumula 22 unidades comercializadas. O modelo
custa R$ 260.680. É quase R$ 200
mil mais caro que o Peugeot 206
CC, mas cerca de R$ 840 mil mais
barato que o Ferrari 360 Spider.
Sua capota pode ser recolhida
com o carro em movimento de
até 10 km/h e em menos de 30 segundos. O processo é simples,
bastando segurar um botão. Mas
é melhor não ter nenhum passageiro no banco traseiro, já que o
movimento "invade" o interior.
A capota tem vidro térmico e
conta com uma tripla camada para isolamento acústico -e térmico, em caso de frio extremo. A segurança também não foi comprometida. Em capotamentos, duas
barras são automaticamente acionadas atrás dos assentos traseiros.
Motor "nervoso"
O A4 Cabriolet oferecido aqui
conta com uma única opção de
motorização: 3.0 V6 (seis cilindros em "V"). À disposição do pé
direito do motorista são 218 cavalos de potência e 30,6 kgfm de torque (força). Mas não é porque a
oferta é restrita que decepciona.
Em 2002, o conversível foi o
quinto carro mais rápido entre os
testados pela Folha e pelo IMT
(Instituto Mauá de Tecnologia),
alcançando os 100 km/h em 8,93s.
Ficou atrás da A4 Avant, que cravou 8,35s. Mas foi o segundo pior
em consumo de combustível. Na
cidade, faz a média de 6,5 km/l.
O câmbio automático permite
trocas manuais, com controle no
volante. Aliado ao desempenho, o
conforto ajuda o motorista. Os
bancos, de couro, têm ajuste elétrico na dianteira. Quem cansar
pode usar o controlador de velocidade, que vem de série.
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