São Paulo, domingo, 01 de setembro de 2002

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Donos se dividem entre queixa e louvor

FREE-LANCE PARA A FOLHA

No momento da segunda revisão, alguns proprietários chegam a se arrepender da compra do veículo. É o caso do empresário Anderson Alves de Oliveira, 28, que adquiriu um Mercedes-Benz A 160, zero-quilômetro, em 1999.
""A revenda De Nigris orçou a segunda revisão em R$ 1.350, antes de olhar o carro. Depois que reclamei do preço e do procedimento, deram um desconto e parcelaram o pagamento."
Oliveira disse que a concessionária troca peças, como o sensor de desgaste de pastilha, mesmo se ela não estiver gasta. ""Eles alegam que essa é a vida útil da peça e que, portanto, precisa ser trocada."
Segundo a DaimlerChrysler, as concessionárias são livres pa- ra determinar o valor da mão-de-obra. A montadora apenas su- gere o preço das peças.
Querendo fugir das autorizadas, Oliveira procurou uma oficina particular, mas é preciso programar um sensor que diz que o carro foi revisado. "E só um aparelho da Mercedes faz isso."
Por outro lado, o analista de sistemas Cássio de Alcântara não se importa em pagar mais. Dono de um Renault Mégane, ele diz não confiar nos mecânicos. "Hoje os carros têm muita tecnologia, e é difícil encontrar pessoas que tenham certeza do que fazem."
Até agora, a revisão mais cara foi a dos 60 mil quilômetros, pela qual Alcântara desembolsou cerca de R$ 1.000. "Foi preciso remover as correntes, um serviço que exige conhecimento." Para ele, as checagens nas autorizadas valorizam o veículo na revenda.


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