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São Paulo, domingo, 02 de março de 2003

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MOTO

"Custom" nacional da Yamaha, rival da Honda, chega por R$ 21.982

Classuda, Drag Star faz sombra à Shadow

DA REDAÇÃO

Mostradores integrados ao imenso tanque de combustível (no qual cabem 16 litros de gasolina), escapamento duplo e profusão de detalhes cromados são alguns dos destaques da nova Drag Star XVS 650, da Yamaha.
Com esse visual retrô, típico das "custom" norte-americanas, tira do mercado a topo de linha Yamaha Virago 535 e ameaça a VT 600C Shadow, da rival Honda.
Além do design mais moderno, a arma da nova "custom" é o desempenho do motor de 649 cm3 de cilindrada, que desenvolve 40 cv (cavalos) de potência (a Shadow traz 39 cv) e proporciona um torque (força) máximo de 5,2 kgfm, "quase" o de um Renault Clio 1.0 8V (8,3 kgfm). Só que a moto pesa 242 kg, e o Clio, 865 kg.
Com tal vigor, o motor permite boas retomadas de velocidade sem ter necessariamente de recorrer a reduzidas no câmbio, que oferece cinco velocidades. É, porém, um tanto pesada, sobretudo para subidas acentuadas -não pouco comuns em São Paulo. Seco, o peso da moto é de 215 kg (14 kg a mais que a concorrente).
A Drag Star marca presença, provocando olhares curiosos. Os menos tímidos se arriscam a perguntar de que marca é "essa moto importada". Pois agora o modelo é nacional, fabricado na Zona Franca de Manaus, depois de ter sido trazido do exterior por um curto período, entre 2000 e 2001.

Autonomia
O novo modelo promete levar o motociclista mais longe, graças ao tamanho do tanque, cinco litros maior que o da estradeira da Honda. Mas atenção: assim como ocorreu no test-drive da Folha, corre-se o risco de a moto parar por falta de combustível.
Nem ela nem a rival dispõem de marcador. É preciso colocar na reserva e procurar o posto mais próximo. Ou habituar-se a calcular seu consumo para verificar quanto falta para o tanque secar. Problema é que não há calculadora nem como item opcional.
No painel de instrumentos, vêm velocímetro, hodômetro total e parcial, indicador de farol alto, de seta, de marcha em ponto morto e de problemas no motor.
É confortável para dirigir, muito embora as pedaleiras avançadas e a embreagem (um tanto alta) demandem um certo tempo para que o condutor se acostume.
O garupa também vai mais bem acomodado na moto da Honda. Embora o assento seja milimetricamente mais alto (695 mm) que o da Shadow (690 mm), os mais baixinhos não têm do que se queixar. É possível manter o equilíbrio e a segurança perfeitamente, até nos momentos mais críticos, como durante a parada num aclive.
A moto da Yamaha pesa mais também no bolso do comprador: custa R$ 21.982, contra R$ 20.382 da Shadow -sem contar frete e óleo. Vale lembrar, porém, que a Drag Star, que pode ser adquirida nas cores preto ou prata, é mais moderna. (LUÍS PEREZ)


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