São Paulo, domingo, 02 de maio de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Seminário traz carro experimental e ônibus comercial brasileiros movidos a eletricidade

Trio elétrico

DA REDAÇÃO

O Brasil acaba de produzir seu primeiro protótipo de carro híbrido elétrico e já está planejando fazer um substituto, que vai usar álcool e água para produzir hidrogênio e energia elétrica.
Concluído na semana passada, o Vega II foi apresentado na terça-feira no 2º Seminário sobre Veículo Elétrico Híbrido, onde também tiveram destaque um ônibus movido a diesel e eletricidade e um carro Chevrolet adaptado para esse tipo de energia e que roda há dez anos por São Paulo.
O Vega II foi desenvolvido pelo Centro Nacional de Referência em Energia do Hidrogênio (Ceneh), pelo Laboratório de Hidrogênio e pelo Núcleo Interdisciplinar de Planejamento Energético (Nipe), estes últimos da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). É um carro que usa hidrogênio e energia elétrica.
O hidrogênio fica em dois cilindros. A energia química do gás é transformada em eletricidade.
As 20 baterias nunca precisam ser recarregadas na tomada. Só os tanques de hidrogênio é que são trocados quando se esvaziam. A autonomia é de 80 km, e a velocidade máxima chega a 60 km/h.
O custo de R$ 400 mil do projeto, iniciado em 2000, foi pago pelo Ministério de Minas e Energia.
Antonio José Marin Neto, pesquisador do Ceneh, diz que um outro protótipo a ser construído, o Vega III, deve substituir o tanque de hidrogênio por um equipamento que mistura álcool combustível e água para produzir hidrogênio. Assim, não é preciso abastecer cilindros com o gás nobre. É só pôr álcool no tanque.

Ônibus e carro
O ônibus elétrico exibido é produzido pela empresa Eletra e já é vendido comercialmente (há 31 em circulação na região metropolitana de São Paulo).
O engenheiro Felicio Sadalla levou ao seminário seu Chevrolet Geo, do Canadá, originalmente movido a gasolina, mas ao qual foi adaptado um kit elétrico. A autonomia chega a 80 km, e a velocidade atinge 100 km/h. A recarga das 12 baterias, que ocupam o porta-malas e parte da cabine, demora oito horas. (APF)


Texto Anterior: Habilitação: Aulas de reforço ajudam a vencer curvas e medos
Próximo Texto: Cartas
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.