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FAMILIARES
Segundo teste Folha-Mauá, perua da Volks é mais ligeira nas acelerações; na cidade, Citroën bebe menos
Porta-malas menor não apaga brilho da Parati ante Berlingo
DA REPORTAGEM LOCAL
À primeira vista,
pode-se pensar que
a Volkswagen Parati e a Citroën Berlingo não são competidoras diretas. A
carroceria da perua da Volks passa longe do estilo furgão do modelo da Citroën. Contudo pesquisas das fábricas revelam que o formato é a última preocupação de
quem busca um carro espaçoso.
O que o público quer é um bagageiro generoso, um motor compatível com o peso carregado e
um preço justo. Nos três quesitos,
esses modelos são muito parecidos. Na disputa pelo maior porta-malas, a vitória fica com a Berlingo -que oferece 110 cv (cavalos)
contra 103 cv da Parati. A diferença de preço é de cerca de R$ 2.000.
Procurada por famílias com filhos pequenos, a multivan carrega 664 l. Se mais espaço for preciso, bastará recolher os bancos traseiros e ganhar 2.136 l. Já a Parati,
que recebeu as novas linhas do
Gol e que conta com a lealdade
dos jovens para estar há 23 anos
no mercado, leva 437 l. Com os
bancos rebaixados, a capacidade
da VW vai para 729 l.
Por outro lado, na estrada, o
motorista da Berlingo tem de se
acostumar a dirigir na faixa da direita. Segundo o teste Folha-Mauá, seu motor 1.6 não é capaz
de superar, nas acelerações e nas
retomadas, a VW. Com álcool, a
Parati 1.8 oferece 106 cv, porém é
215 kg mais "magra".
Para ir de 60 km/h a 100 km/h,
por exemplo, a multivan demora
12,7s, enquanto a perua exige,
com gasolina, 1s a menos.
No consumo, empatam. A Citroën, na cidade, é mais econômica: roda quase 10 km com um litro
de gasolina. Com esse combustível, a Volks faz 8,2 km/l; com álcool, 7,4 km/l. Porém, na estrada,
a Parati é menos sedenta, percorrendo 1 km a mais que a Berlingo.
Regresso
O desempate do comparativo
surge nas tabelas de preços. A Parati é R$ 2.091 mais barata que a
Berlingo. A perua da Volkswagen
teve o seu preço reduzido em cerca de R$ 3.000, estratégia usada
para reverter o longo declínio nas
vendas e que também incluirá
uma versão "off-road". A Comfortline 1.8 custa a partir de
R$ 44.959 -a mais barata é a Plus
1.6, que sai por R$ 36.380.
Após dois anos longe do mercado brasileiro, a Berlingo não terá
uma vida fácil para abandonar as
revendas. Para a Argentina, a fábrica levou mais maquinário da
Europa -onde já foi reestilizada- e passou a equipá-la com
motor brasileiro, o mesmo do C3.
A Citroën afirma que a volta é
definitiva, mas admite vendas tímidas: projeta que, por mês, só
cem clientes paguem R$ 47.050
para ter o carro. Sem divulgar números, a VW planeja que os emplacamentos mensais da Parati
aumentem -de janeiro à primeira quinzena de setembro, foram
8.562 unidades.
(LUCAS LITVAY)
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