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São Paulo, domingo, 03 de agosto de 2003

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MERCADO

Objetivo é dar exclusividade ao cliente, que já compra, por encomenda, 15% dos 800 carros importados por ano

Mercedes aposta nas vendas "à la carte"

DO ENVIADO ESPECIAL A AMPARO (SP)

Exclusividade. Essa é a aposta da Mercedes-Benz para vender seus automóveis mais caros aqui no Brasil. Hoje, cerca de 15% deles são comercializados sob encomenda, principalmente os modelos blindados, os esportivos AMG e os utilitários esportivos Classe M e G, além dos modelos com motor V8 (oito cilindros em "V").
Segundo Philip Derderian, gerente de vendas de automóveis da montadora, a expectativa é vender 800 unidades importadas em 2003. Para o Classe A, a meta é dez vezes maior. Reflexo do preço: o alemão mais barato sai por R$ 145.350 (C 180 Kompressor), enquanto o monovolume custa a partir de R$ 37.107 (A 160 Classic).
Por ser o mais acessível, o Classe C é responsável por 60% das vendas. "É a busca pela marca e pelo preço. Metade é financiada", diz Derderian. O novo motor 1.8 deve ajudar: o carro é mais de R$ 50 mil mais barato que o C 240 (de R$ 196.170), mas tem acabamento simplificado. O ajuste dos bancos, por exemplo, é manual.
O propulsor 1.8, com compressor e intercooler, gera 143 cv (cavalos) e faz o sedã atingir os 100 km/h em 9,7 segundos, segundo a Mercedes-Benz. A velocidade máxima é de 220 km/h.

Blindados
Ainda sob encomenda, a empresa importa o E 500 com nível de blindagem B4. As saídas são lentas, mas, depois de "embalado", os 306 cv do motor V8 dão conta do recado. O problema é que os vidros distorcem demais a imagem, inclusive pelo retrovisor. A montadora diz que isso é normal por causa da espessura deles.
Além do motor, o E 500 difere do E 320 pela suspensão. Chamada de Airmatic DC, ela regula a força dos amortecedores de acordo com a qualidade do asfalto, o estilo de dirigir e a carga.
Com blindagem, o Classe E custa US$ 250 mil (R$ 750 mil). Sem proteção vale R$ 368.962. A vantagem é que a blindagem é feita na própria linha de montagem, sem a necessidade de desmontar o carro depois de ele estar pronto.
Em setembro, a Mercedes-Benz começa a produzir a E 500 Touring na Europa. Três brasileiros já a encomendaram. Com motor 3.2, custará US$ 98 mil.

Estética
Na linha 2004, as mudanças no Classe A se resumem à posição do pisca lateral, que agora fica atrás do retrovisor. Segundo a fábrica, a mudança traz mais segurança porque é mais fácil para os outros motoristas verem a sinalização. Além disso, o carro incorpora o "DNA Mercedes", ganhando atributos comuns em seus "irmãos".
A versão de entrada, a Classic, conta com novos faróis e lanternas. Já a Elegance ganhou novas rodas de liga leve. A empresa nega que o monovolume deixará de ser feito com o início da produção do smart em Juiz de Fora (MG).
(JOSÉ AUGUSTO AMORIM)


José Augusto Amorim viajou a convite da DaimlerChrysler do Brasil


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