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Montadoras aproveitam vácuo criado pelo A3
DA REPORTAGEM LOCAL
Por muitos anos, o Audi A3
foi o hatchback médio mais desejado do país. Produzido desde 1999 na fábrica da marca
com a Volkswagen em São José
dos Pinhais (PR), o A3 teve sua
produção encerrada na quinta-feira. O modelo -há um estoque de 800 unidades, que devem ser vendidas até dezembro- deixa muitos órfãos no
segmento "premium".
Em busca do nicho disposto a
pagar entre R$ 60 mil e R$ 90
mil por um hatch, a Citroën já
anunciou a importação do francês C4 VTR, com motor 2.0 16V
e 143 cv (cavalos). O carro custará R$ 75 mil e terá, como
itens de série, quatro airbags,
freios com ABS (antitravamento), toca-CDs, computador de
bordo e bancos esportivos.
Com todos os opcionais -faróis de xenônio, bancos de couro e rodas de 16 polegadas- o
preço sobe para R$ 80 mil, o
mesmo do A3 1.8T (150 cv).
Além do desenho frontal com a
nova identidade da fábrica, o
C4 tem como diferencial o ineditismo do volante com centro
fixo. Apenas o "contorno" gira.
O Peugeot 307 também é
uma opção a ex-donos do
hatchback da Audi. Remodelado há quatro meses, o médio argentino continua bem equipado. Custa, na versão topo de linha, a Griffe, R$ 73.450. O motor 2.0 16V é o mesmo do C4, só
que os 143 cv são subordinados
a uma transmissão automática.
No Citroën, ela é só manual.
Mas, nesse mercado de poucas opções, há quem migre para
os sedãs, em especial o Honda
Civic. Com preços que vão de
R$ 61.745 a R$ 80.395, o Civic é
o sedã mais vendido desde o
seu lançamento, em abril.
"O que eu mais gosto no Civic
é o design. É diferente de tudo o
que há no mercado", diz o engenheiro mecânico Fernando
Machado, 44, ex-proprietário
de um A3 1.8T (180 cv) 2004. "O
meu A3 tinha 40 cv a mais que o
Civic. Mas, ainda assim, estou
satisfeito."
(FABIANO SEVERO)
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