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teste folha-mauá
Alternativas
S10 ganha motor 2.4 a álcool e gasolina, enquanto Ranger passa a vir de fábrica com opção de gás
Renato Stockler/Folha Imagem
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Em local acidentado, a suspensão com amortecedores especiais da S10 é melhor que a da Ranger |
FABIANO SEVERO
DA REPORTAGEM LOCAL
As picapes médias 4x2 nunca
foram veículos dos mais racionais: são instáveis em alta velocidade, têm espaço exíguo no
banco traseiro e bebem além da
conta. Isso até a chegada da
Chevrolet S10 bicombustível e
da Ford Ranger a gás, que querem atrair pelo preço.
Os dois primeiros problemas
-e, talvez, os mais graves- as
montadoras não resolveram. A
Ford, aliás, passou a alertar, por
ilustrações no pára-sol, sobre o
risco de capotamento. Quanto
ao consumo, se é difícil reduzi-lo, as fábricas deram a opção de
combustíveis mais baratos.
A S10 2.4 é a primeira da categoria a receber adaptações
para rodar com álcool, gasolina
ou a mistura dos dois em qualquer proporção. Que os Alcoólicos Anônimos não interpretem mal, mas o álcool deu vida
nova à picape da Chevrolet.
São 141 cv (cavalos) com gasolina e 147 cv com o derivado
da cana-de-açúcar ante 128 cv
da versão anterior a gasolina.
O torque (força), apesar de
mantido em 21,9 kgfm independentemente do combustível, está mais plano e "acorda" a
S10 em rotações baixas.
A Ranger ataca com um propulsor 2.3 que gera 150 cv com
gasolina e 133 cv com GNV. O
sistema por injeção seqüencial
de gás (há quatro bicos injetores) permite uma queda de potência de 11%, louvável se comparado à perda média de 25%
dos kits instalados em oficinas.
Custo/benefício
Todo esse esforço da GM e da
Ford é para tentar tirar o foco
das picapes de cabine dupla,
turbodiesel e 4x4, donas de
93% do mercado.
E mais: elas estão tentando
convencer o consumidor urbano -que raramente suja a sua
picape "de estimação" em estradas vicinais- de que as versões "flex" ou GNV têm melhor
relação custo/benefício que as
a diesel. Sobre o argumento das
montadoras ainda pesam o preço do seguro -mais alto em
versões a diesel- e a diferença
média de cerca de R$ 25 mil entre versões a gasolina e a diesel.
Se depender do preço -a S10
Flexpower parte de R$ 53.734,
e o da Ranger a gás é de R$
57.230-, estarão fadadas ao sucesso. A S10 cabine dupla a diesel mais barata custa R$ 89.987,
e a Ranger sai por R$ 81.340.
Tudo isso para fazer o segmento emplacar mais de 100
mil unidades em um ano. Em
2006, a líder S10 atingiu 18.899
unidades. A Ranger, quarta colocada, atrás de Toyota Hilux
(17.482) e Mitsubishi L200
(11.544), não passou de 9.859
carros no acumulado do ano.
As picapes foram cedidas para teste
pelas montadoras
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