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Jaguar rompe tradição e entra na era esporte do XJ
Sob controle da indiana Tata, sedã quer deixar BMW com ar de careta
ENVIADO ESPECIAL A VERSALHES (FRANÇA)
Para os gregos antigos, o tempo não era medido pela contagem dos dias. Só um acontecimento especial computava a
passagem de um período.
Da mesma forma, é possível
dizer que o antigo Jaguar XJ ficou estacionado no tempo desde 1968, quando revolucionou
o segmento de sedãs de luxo
com seu estilo arrebatador.
Perdurou por décadas e virou,
depois, seu próprio fardo.
Já a novíssima geração do XJ,
prometida para desembarcar
no Brasil em agosto, resgata a
ousadia do modelo original.
Mas, agora, recorre ao charme do Maserati Quattroporte e
ao refinamento do Bentley para
ressuscitar a sua lista de pretendentes. Sonha até com a do
Porsche Panamera, outro automóvel de mais de R$ 500 mil.
Em um test-drive pelos arredores de Versalhes, o novo XJ
mostra que a sua construção
em alumínio lhe dá a pitada de
leveza que falta ao dinâmico
BMW 750i, outro que adota a
boa e velha tração traseira.
É ela que, no Jaguar, dá vida
aos 510 cv do motor 5.0 V8 com
compressor e leva o sedã aos
100 km/h em 4,9s, diz a fábrica.
Nem é preciso tanta ligeireza. Não há nada melhor no sedã
do que as poltronas de couro
costuradas à mão e com ventilação interna. Mas só os bancos
frontais fazem massagem.
LCD
Tudo bem que o Mercedes
Classe S também oferece o mimo e ainda "percebe" quando o
motorista está com sono. Mas é
o Jaguar quem traz o painel de
instrumentos em LCD.
Dá até para trocar a projeção
do conta-giros pela do visor do
ACC (controlador de distância
em relação ao carro da frente).
Outro item que antigos donos de XJ vão estranhar é o seletor do câmbio automático de
seis marchas. Em vez de alavanca, há um botão giratório.
"High-tech" mesmo é a tela
"touch screen" no console central. Ela projeta simultaneamente imagens distintas para o
motorista e para o passageiro.
Enquanto um vê -nitidamente- os mapas do GPS, o
outro consegue assistir, por
exemplo, a um filme em DVD.
Sinal de que o aristocrata inglês já avança hoje por meio de
bits indianos do grupo Tata.
(FELIPE NÓBREGA)
O jornalista viajou a convite da Jaguar, que
cedeu o XJ para avaliação
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