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PEÇAS & ACESSÓRIOS
"Guerra urbana" aumenta em 30% venda de blindados
Empresários de outros Estados e países buscam locação com proteção
ROSANGELA DE MOURA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Os ataques do crime organizado que assustaram São Paulo
no mês de maio tiveram reflexo
no mercado de veículos blindados. Não só a procura por carros protegidos cresceu como
também aumentou a busca por
alugar um modelo assim.
Dados da Abrablin (Associação Brasileira de Blindagem)
indicam que houve um aumento de 30% nas vendas de produtos blindados nos últimos 15
dias em comparação com o que
vinha acontecendo até abril.
Para Oldack Jaoude, gerente
de marketing da Protechtor, as
pessoas perceberam que estão
muito vulneráveis. "Só quando
acontece uma tragédia resolvem tomar precauções", diz.
Luiz Lian, 41, sócio da Totality, observa também um aumento nas consultas por aluguel de blindados. "Executivos
de outros Estados e de outros
países que visitam empresas
em São Paulo estão preocupados com a segurança. Eles querem chegar aqui e ter um veículo seguro à disposição."
Mudança de hábito
Para Stefano Massari, vice-presidente da Abrablin, o perfil
de quem adquire um blindado
mudou nos últimos anos. "As
pessoas preferem adquirir carros menos visados e pagar pela
proteção." O Toyota Corolla é o
primeiro na lista dos modelos
mais blindados, seguido por
Mitsubishi Pajero TR4, Land
Rover Freelander, Toyota Fielder e Chevrolet Omega.
O administrador de empresas Sandro Giafonne, 37, comprou uma Toyota Hilux em
março, mas só na semana passada levou a picape para ser
blindada. "Eu já tinha a intenção de proteger o carro, mas,
depois daquela semana trágica,
minha primeira providência foi
agendar o serviço."
A comerciante Cláudia Soares, 31, também tomou a atitude de blindar sua Toyota Fielder. "Consultei alguns amigos
que já haviam blindado o carro,
inclusive dirigi um deles. Notei
que eu me senti mais tranqüila.
Percebi também que não fiquei
olhando a todo segundo pelo
retrovisor assustada."
No Brasil, o maior nível de
blindagem permitido pelo
Exército -toda empresa deve
ser cadastrada pelas Forças Armadas- é o 3A, que resiste a
disparos de Magnum 44.
O serviço demora até 40 dias
e custa, em média, R$ 50 mil.
"Recomendo fugir de promoções porque o material, basicamente, é o mesmo. A diferença
está na qualidade da mão-de-obra", esclarece Massari.
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