JOSÉ AUGUSTO AMORIM
ENVIADO ESPECIAL A CAMPOS DO JORDÃO

Todo mês de julho, cerca de 1,5 milhão de turistas invadem Campos do Jordão (167 km a nordeste de São Paulo) para a badalada temporada de inverno. As montadoras aproveitam esse movimento para vender carros e mostrar seus produtos. E o consumidor pode dirigir novidades, como o Citroën C3 e o Ford EcoSport.
Neste ano, são sete estandes que representam dez marcas. Em cinco deles, é possível dar uma volta com os carros. Mas nem por isso os outros deixam de ser atrativos, como o da DaimlerChrysler -que expõe os carros da Jeep, da Chrysler e da Mercedes-Benz nos finais de semana- e o da Subaru.
Na Ford, o visitante pode pedir para dirigir EcoSport, Fiesta, Focus e Ranger. O test-drive funciona das 12h às 18h. A Folha, sem se identificar, fez o percurso que dura pouco mais de cinco minutos com um EcoSport 1.0 Supercharger. É preciso apresentar a carteira de habilitação e preencher uma ficha antes de entrar no carro. Depois, é necessário registrar suas impressões sobre a experiência.
No gerúndio, o instrutor disse o caminho a percorrer -"você pode estar seguindo pela esquerda"- e enumerou as qualidades do carro -"o motor é muito bom, sobe ladeira em segunda marcha sem problemas". Ele também forneceu informações sobre as outras versões do utilitário esportivo, mas não soube informar o mais básico: o preço.
No estande da Citroën, a reportagem foi abordada e convidada a entrar em um C3, o carro com maior destaque, "para ver o painel digital". A recepcionista deu informações sobre o carro, mas foi preciso pedir para dirigi-lo. O trajeto tem cerca de um quilômetro, e também estão disponíveis C5 e Xsara Picasso.
Apesar de dizer que o carro é concorrente do Audi A3 -maior e muito mais caro-, a funcionária do estande antecipou uma boa notícia: em agosto, o compacto da Citroën ganha motor 1.4 e custará entre R$ 24 mil e R$ 28 mil. De volta ao estande, é preciso preencher uma ficha, e o motorista ganha um prospecto do veículo.

Vinho
A Audi oferece mais do que test-drive -agendado com uma das promotoras-, principalmente para os donos de um veículo da marca. Com o Audi House Card, é possível lavar o carro, tomar café expresso, jogar fliperama e ganhar uma massagem. Para ter o cartão, é preciso apresentar a documentação do automóvel.
Os "mortais" podem entrar no estande e comprar chocolates da Kopenhagen e vinhos Barton & Guestier -a garrafa mais cara sai por R$ 85. A Mercearia São Roque oferece pratos de R$ 13 (caldos e cremes) a R$ 19,50 (pizzas). O ambiente é partilhado com o reestilizado A8, a inédita S4 Avant e o esportivo sedã RS6.
A Fiat promete que o turista pode fazer um test-drive de Doblò, Marea e Stilo. Já a Toyota afirma que estão à disposição Corolla e Hilux. Porém os estandes não estavam prontos quando a Folha esteve na cidade -o da Toyota ainda estava sendo montado. A montadora mineira usa a mesma decoração de 2002, com direito a nevascas artificiais e boneco de neve que dança, anda e fala.

Salão
Quem gosta de novidades não precisa ficar frustrado por não haver neste ano nenhum salão do automóvel no Brasil. Campos do Jordão também serve para mostrar alguns bons lançamentos.
A Mercedes-Benz aproveita a oportunidade para exibir pela primeira vez no Brasil a perua Classe E Estate -apresentada no Salão de Detroit, em janeiro- e o CLK Cabriolet, lançado no de Genebra (março). Pena que o estande só esteja aberto entre as 11h de sexta-feira e as 18h de domingo.
A Subaru mostra o Impreza Turbo WRX, que foi reestilizado na versão 2003 e acaba de ser lançado. No mesmo espaço, a Hyundai -as duas marcas têm um único importador- apresenta o utilitário esportivo Terracan, que começa a ser vendido neste mês.
No entanto, quem visita Campos do Jordão nota algumas ausências. Jaguar, Land Rover, Nissan e Peugeot, por exemplo, já estiveram por lá em outros anos. A Volkswagen saiu das ruas e entrou no shopping Market Plaza. Sem nenhum alarde, lá está o luxuoso sedã Phaeton. Em outro corredor, o visitante encontra um solitário Kia Sorento, o novo utilitário esportivo da marca coreana.