Modelo 1.6 8V da Renault custa R$ 39,9 mil e é econômico na cidade

FELIPE NÓBREGA
DA REPORTAGEM LOCAL

O extinto Clio Sedan foi uma espécie de Susan Boyle da indústria automobilística nacional durante anos. Talentoso na arte de mesclar espaço interno e bom desempenho, faltava ao Renault o mais importante: o visual de "pop star".
Com a mesma base mecânica, o Symbol tem melhor presença de palco. Na nova versão de entrada, a Expression, o sedã vem bem equipado -traz até airbag de série- e custa a partir de R$ 39,9 mil.
Mas o consumidor não deve se iludir com a generosidade de acessórios, pois o carro está longe de ser um legítimo compacto premium, como a Renault o intitula. Que o diga o VW Polo Sedan (R$ 44,5 mil).
Ruidoso e com acabamento mediano, o Symbol, na verdade, é um Logan que ganhou na loteria. Tem como ponto forte o acerto da suspensão, que privilegia o conforto e trata bem os cinco ocupantes, mesmo quando o sedã encara estradas irregulares.
O motorista, entretanto, vai notar uma incoerência. A direção hidráulica é "pesada" demais para um sedã sem pretensões esportivas.
O motor 1.6 8V (95 cv) é outra herança do antecessor. No teste Folha-Mauá, o Symbol mostra que tem boa disposição para retomadas de velocidade. Isso, na estrada, significa fôlego extra para ultrapassagens.
Só não pode ter pressa para arrancar. Da imobilidade até o velocímetro do Renault apontar 100 km/h são longos 12,8s. O Voyage (104 cv), por exemplo, é um segundo mais rápido.
Mas o seu principal rival é mesmo o 207 Sedan (R$ 44,8 mil). Se comparados pelo consumo, daria empate. O Symbol vai melhor na cidade (7,6 km/ l), enquanto o Peugeot vence na rodovia (10,6 km/l), ambos com álcool no tanque.