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São Paulo, domingo, 07 de dezembro de 2003

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Desempenho é próximo, revela teste Folha-Mauá

Única perua bicombustível, Parati pouco muda com álcool e gasolina

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A "moda" dos veículos bicombustíveis -aqueles que usam álcool, gasolina ou os dois juntos- pegou. Tudo começou com o Volkswagen Gol. Depois vieram Chevrolet Corsa, VW Parati e Saveiro, Chevrolet Montana, VW Fox, Fiat Palio e Chevrolet Meriva. Com isso, entre março e novembro, 34.431 veículos bicombustíveis ganharam as ruas, segundo a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores).
Como se percebe, as configurações e as motorizações são as mais variadas. Mas, enquanto a Palio Weekend flexfuel não chega, a Parati reina soberana entre as peruas. A versão Total Flex tem motor 1.6 e usa acabamento e equipamentos da City.
Custa R$ 30.732, R$ 151 a mais que a "irmã" que consome apenas gasolina. Completa, é vendida por R$ 37.731 -só pelo ar-condicionado são cobrados R$ 3.551.
A diferença de desempenho também é pequena. Segundo os números levantados pela Folha em parceria com o IMT (Instituto Mauá de Tecnologia), a Parati alcança os 100 km/h em 11,52 segundos quando abastecida com álcool. Com gasolina, leva 11,6s.
Em todas as tomadas de aceleração, o combustível "verde" leva ligeira vantagem. Nas retomadas, no entanto, o equilíbrio é maior. O derivado do petróleo tem mais fôlego quando a perua vai de 40 a 80 km/h (8,22s contra 8,31s do álcool) ou na variação de 60 a 120 km/h (19,08s e 19,23s).

Idade
O maior "degrau" aparece no consumo. Na cidade, um litro de álcool é suficiente para rodar 7,4 km. Com gasolina, a média sobe para 10,1 km/l -quase o que o outro combustível usa na estrada. O consumo rodoviário da Parati com gasolina é de 15,4 km/l.
Por conta de toda essa diferença, o motorista só deve parar ao lado de uma bomba de álcool se ele custar 70% do preço da gasolina. Segundo a ANP (Agência Nacional do Petróleo), um litro de álcool, em São Paulo, sai por R$ 0,994 em média, mas pode chegar a R$ 1,68. Um litro de gasolina custa cerca de R$ 1,90.
A Parati revela que já tem 21 anos de estrada. Os botões dos vidros elétricos ficam no console central, e o motor faz o carro chacoalhar quando é ligado.
Não é por acaso que a Palio Weekend segue na frente quando o assunto são as vendas: teve 20.013 unidades comercializadas até novembro, contra 11.423 da Parati. (JOSÉ AUGUSTO AMORIM)


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