São Paulo, domingo, 10 de abril de 2011

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Lei permite que deficiente use os pés para dirigir

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Processos como o de Verônica esbarram em burocracia, desconfiança e despreparo de examinadores.
Não há, porém, restrições legais a tipos de deficiência no Código de Trânsito Brasileiro para tirar a carteira de motorista, desde que o candidato seja aprovado nos exames.
De acordo com a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), que regulamenta a avaliação, o carro pode ser guiado com os pés, desde que o equipamento atenda aos requisitos técnicos estabelecidos no documento, como controle de seta, farol etc.
É o caso de Carolina Tanaka, 26, que precisou fazer aulas práticas em seu próprio carro. Ela também não tem os braços e usa um veículo com todos os controles nos pés, incluindo um volantinho no pé esquerdo e acelerador e freio no direito.

TESTE DO CELULAR
A adaptação não é comum no mercado e não há veículos nas autoescolas.
O processo de Tanaka só foi liberado pelo Detran depois que o veículo estava pronto, o que demorou um ano. Nem por isso os testes foram mais fáceis.
"Como é uma deficiência muito diferente, as pessoas não acreditam na sua capacidade e duvidam de que você vá conseguir dirigir", conta Tanaka.
Ainda no exame médico inicial foi preciso enfrentar provas de força e de flexibilidade. Ela ainda teve de movimentar vários objetos com os pés.
"No final, o médico ainda entregou um celular com teclas bem pequenas e mandou eu discar o número dele. Se o aparelho tocasse, eu estaria aprovada", lembra. O telefone tocou, e ela já dirige há seis anos.
(RICARDO RIBEIRO)


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