São Paulo, domingo, 10 de novembro de 2002

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SEDÃ

Chrysler de quase R$ 139 mil substitui Stratus e 300M

Sebring chega, atrasado, para os que se orgulham dos cabelos grisalhos

DA REDAÇÃO

É uma missão difícil. Com um ano de atraso, o sedã de luxo Chrysler Sebring chega ao Brasil com a missão de fazer os consumidores esquecerem que as concessionárias da marca americana não comercializam mais os também sedãs Stratus e 300M.
Para tanto, junta características dos dois e consegue tirar daí a sua identidade. Tudo no carro, do design ao motor, empolga com moderação. Parece feito sob medida para um público que já assume e se orgulha dos cabelos grisalhos.
Visto por fora, o Sebring provoca mais saudades do Stratus, embora seja dez centímetros mais comprido e dois centímetros mais alto que o "irmão" extinto.
A coisa muda quando se passa para o lado de dentro do novo sedã. Bancos de couro, pinceladas de madeira aqui e acolá e mostradores com forte sotaque art déco trazem à mente a imponência e o apelo retrô do 300M.
Motor ligado, o Sebring mostra que o seu V6 (seis cilindros em "V") de 204 cavalos e todo em alumínio não brinca em serviço. Principalmente na estrada, o propulsor despeja potência suficiente para proporcionar ultrapassagens que preservam os cardíacos.
Somado à estabilidade nas curvas, à infinidade de porta-trecos e a um câmbio automático pautado pela precisão e pela sutileza na troca entre suas quatro velocidades, o atributo do parágrafo anterior contribui para que o sedã encontre no asfalto liso e uniforme seu habitat natural.
Na cidade, ele sofre. E muito. A pouca altura em relação ao solo torna o veículo presa fácil de valetas, lombadas e buracos nem tão desafiadores assim.
O resto é luxo, conforto e segurança. Há o esperado em um sedã de quase R$ 139 mil. Ar-condicionado, direção hidráulica, banco do motorista com regulagem elétrica, piloto automático, travamento central das portas, espelhos retrovisores elétricos com desembaçador, profusão de airbags (bolsas de ar que inflam em batidas), barras de proteção laterais, freios ABS (antitravamento) e toca-CDs para quatro discos.
Com isso, o Sebring tenta peitar concorrentes como o Chevrolet Omega e as versões mais "nervosas" do Audi A4. (EDSON FRANCO)



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