Motor VHC-E da Chevrolet também é econômico com álcool ou com gasolina

DO ENVIADO ESPECIAL A MENDOZA

Assim como no futebol, há ligeira diferença entre brasileiros e argentinos. Se o motor do Chevrolet Agile dos "hermanos" parece um pouco lento, o 1.4 "flex" (até 102 cv) que virá para o Brasil está classificado para qualquer disputa.
No teste Folha-Mauá, o Agile (lê-se Ágile, de agilidade) justifica o nome. O hatch com álcool vai de 0 a 100 km/h em 13,2s -exatamente o mesmo tempo que o Volkswagen Polo 1.6, testado em agosto, e até 4s mais rápido que o Fox 1.0.
De 80 km/h a 120 km/h, o Chevrolet leva 16s. Outra vantagem do motor VHC-E é o equilíbrio entre os números com álcool e com gasolina.
Em velocidades mais elevadas, porém, o ruído na cabine incomoda, e o isolamento acústico deixa a desejar.
Já o consumo de combustível merece elogio. Com gasolina, faz 14,5 km/l na estrada -quase o mesmo que o rival Fox 1.0 (15 km/l).
Mesmo com o centro de gravidade elevado (suspensão e teto altos), o acerto de chassi privilegia o conforto sem perder a boa capacidade de fazer curvas.
Nas frenagens, a frente afunda demais, mas o freio ABS opcional -como o airbag- ajuda.
O câmbio de engates curtos e precisos dá conta do recado, e a posição elevada de guiar aumenta a sensação de controle.

Surfe
O porta-malas tem 327 litros -67 litros a mais que o do Fox. O Agile ainda pode ter o banco do passageiro rebatido para acomodar prancha de surfe.
Se faltavam porta-copos ao Celta e ao Prisma, arrumaram 27 porta-objetos para o Agile, incluindo um para aparelhos de GPS no alto do console.
Apesar dos predicados, o modelo chega às revendas na próxima semana com a tímida meta de vendas de 3.500 unidades por mês -em setembro, a VW emplacou 10 mil Fox, que será reestilizado em novembro.
O projeto Viva, do Agile, ainda terá uma versão sedã e uma picape em 2010. (RICARDO RIBEIRO)