São Paulo, domingo, 12 de novembro de 2006

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peças & acessórios

Carros de rua ganham bancos de competição

Assentos esportivos podem custar mais do que automóveis usados

Renato Stockler/Folha Imagem
O empresário Nilton Lima e Silva trocou seis bancos da sua Hyundai H1 por outros da Recaro


ROSANGELA DE MOURA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Trocar os bancos do carro é uma opção para quem busca conforto e personalização. A instalação, porém, exige mão-de-obra especializada.
O mercado de reposição está repleto de modelos com alta tecnologia, que se ajustam às regiões lombar e lateral do corpo. Alguns oferecem também apoios para as pernas e até sistema de aquecimento. Cada modelo de veículo tem bases de fixação testada e certificada pelos fabricantes.
"É importante adquirir somente modelos de bancos com as bases de fixação originais do modelo", diz Peter Kondziolka, diretor da Bantec, representante da alemã Recaro no país.
Além dos cuidados na instalação, a posição do motorista ao volante está diretamente relacionada à segurança e a futuros problemas de postura.
Para o presidente da Sociedade Paulista de Reumatologia, Ari Radu Haldern, o banco não pode ficar nem muito próximo nem muito afastado do volante. "Se o banco estiver desregulado, qualquer desvio brusco na direção pode afetar a coluna."
Buscando estética e conforto, o empresário Nilton Lima e Silva trocou os bancos originais de sua Hyundai H1 por outros da Recaro. "Depois da instalação, o utilitário está mais valorizado. Agora, o carro até parece um de luxo", comenta.
Vanderley Câmara, gerente da Sparco, conta que os bancos esportivos do Mitsubishi Lancer Evolution, protagonista do segundo filme da trilogia Velozes e Furiosos, faz muitos consumidores sonharem. "O modelo Milano custa R$ 4.200. Além da estrutura, os bancos são revestidos de alcântara, uma espécie de camurça."
Para comprar um dos modelos mais simples da desejada marca Recaro, é preciso desembolsar, no mínimo, US$ 2.000. Já um modelo de couro da brasileira Shutt custa R$ 2.500.
Kazuo Ohashi, gerente da marca, conta que, de tão anatômicos, os modelos esportivos são comprados como se fossem peças de vestuário. "É preciso vestir o banco e se sentir bem. As pessoas gostam de ter a sensação de estarem fixos ao banco, já que ele tem a função de envolver o corpo do motorista, transmitindo mais segurança em curvas."


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