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Golf 6 europeu pensa que é Audi A3
Candidato a "nacional", VW é tão refinado que faz sua 4ª geração à venda aqui parecer de museu
FELIPE NÓBREGA
ENVIADO ESPECIAL A ALMERIA (ESPANHA)
Dizem que o número 13 dá
azar, e o Golf brasileiro sabe
disso. No ano em que completa
seu 13º aniversário, o hatch médio da Volkswagen corre o risco
de ter sua produção encerrada
em São José dos Pinhais (PR).
Seu funeral, porém, terá clima de festa. A montadora planeja substituí-lo pela sexta geração europeia, cotada para ser
feita também no México, o que
possibilitaria a entrada no Brasil sem Imposto de Importação.
A Folha, após andar na versão "pré-candidata" 1.4 turbo
(122 cv), ainda acelerou o nervoso Golf R 2.0 TFSI (270 cv)
na Espanha. Ele é o único VW
capaz de deixar um modelo similar da Audi para trás -no caso, o S3 (259 cv). As duas marcas compartilham plataformas.
Mandingas à parte, o Golf
mantém o peculiar acerto dinâmico entre esportividade e
conforto. Só que, na sexta geração, o trio suspensão, direção e
chassi parece afinado com precisão de relojoeiro suíço.
Discrição evoluída
O câmbio de seis marchas
com dupla embreagem é só a
cereja do bolo, opcional, assim
como a câmera instalada na
traseira para facilitar manobras. As imagens são projetadas
no painel, que, por sinal, tem
desenho bastante sóbrio.
Discrição que segue pelo exterior, uma exigência do designer Walter De"Silva para que o
carro evoluísse sem perder as
largas colunas traseiras e os
traços simples que o consagraram, em especial, na Europa.
Mesmo sem a ousadia de rivais como o Renault Mégane 3
europeu e o próprio Ford Focus argentino, o moderno Golf
6 certamente ajudará a resgatar
o prestígio do segmento dos
médios no país, que, como um
todo, parou no tempo.
Tudo bem que o Astra ultrapassado (R$ 45,4 mil) ainda
vende 2.200 unidades por mês.
Mas, melhor olhar para o avançado Hyundai i30 (R$ 58 mil),
que, desde janeiro, passou a ser
o hatch mais emplacado do segmento (2.500 carros por mês).
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