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Tiida deixa para trás Vectra Gt e Golf
Maior, mais barato e rápido, hatch mexicano da Nissan supera projetos 'antiquados' de Chevrolet e Volkswagen
Leo Caobelli/Folha Imagem
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O Vectra (à esq.) é o mais esportivo, o Tiida (centro) lembra um monovolume, e o Golf (à dir.) mantém características do 1º projeto |
FABIANO SEVERO
DA REPORTAGEM LOCAL
O Nissan Tiida não é nacional, não veste "traje esporte" e
muito menos se destaca nas
ruas. Por que, então, ele leva os
louros deste comparativo?
É simples: os outros dois, o
Chevrolet Vectra GT e o Volkswagen Golf, oferecem só um
pouco a mais do que isso.
São carros, segundo os departamentos de marketing das
montadoras, movidos pela
emoção e estão, portanto, longe
da racionalidade do japonês naturalizado mexicano.
Sem imposto, o Nissan entra
no país no vácuo do Sentra,
aquele sedã que "não tem cara
de "tiozão", mas conquistou seu
coração". Tudo bem, pode não
ter sido o seu, mas o de muitos
brasileiros que buscam uma
boa relação custo/benefício,
exatamente como no Tiida.
Mais do que ser o maior, o
hatch dá a sensação de ser realmente grande. No comprimento, são 4,29 metros, apenas um
centímetro a mais que no do
Vectra, que traz o maior entreeixos. Isso deveria dar ao GT
os bancos mais largos de todos.
Na prática, não são. Nem parecem ser. O motivo? O teto
baixo e as janelas estreitas, "feitos para dar esportividade e
agressividade ao GT", de acordo com Samuel Russell, diretor
de vendas e marketing da GM.
Honda Fit e companhia já
mostraram que o truque do teto alto -o Tiida tem 1,54 metro
de altura- transmite a sensação de amplitude interna.
O Nissan, em escala ampliada, lembra um aquário ambulante, tamanha é sua visibilidade interna. A impressão é a de
que todos na rua -e não só o
pedinte no semáforo- podem
ver o que se passa lá dentro.
Já o Golf, como uma remodelação da quarta geração -na
Europa, está na quinta-, é sóbrio. Não entenda isso como
pobre. Ao contrário: é bem acabado e funcional, como deve ser
um hatch médio puritano.
Válvulas e afins
Todo o seu charme, porém,
perde-se na pista. Segundo o
teste Folha-Mauá, ele foi o
mais lento dos três. E em tudo.
Há uma explicação: seu motor 2.0 de 116 cv (cavalos) é o
mais fraco dos três. Até mesmo
o Tiida e seu propulsor 1.8 têm
mais potência e torque (força)
que o do VW. São 124 cv.
Outra explicação: o comando
de válvulas da Nissan é variável. Ou seja, permite que o motor 16V, "casado" com um câmbio manual de seis marchas -o
Golf e o Vectra usam um de
cinco-, tenha bom rendimento até em baixas rotações. Daí a
marca de 16,5 km/l na estrada.
O Vectra usa o mesmo 2.0 de
até 128 cv do Astra. Além do
torque privilegiado, é o único
flexível dos três. Isso, em São
Paulo, faz diferença no bolso.
Os carros foram cedidos para teste pelas montadoras
INSTITUTO MAUÁ DE TECNOLOGIA
www.maua.br
0/xx/11/4239-3092
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