Com desenho polêmico, primeiro "off-road" compacto da marca investe em luxo e segurança para elas

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Se os utilitários esportivos atraem homens de espírito aventureiro, também seduzem as mulheres pela sensação de segurança no trânsito.
Não foi à toa que a Mercedes-Benz escolheu a atriz Kim Cattrall, a Samantha de "Sex and the City", para apresentar o seu primeiro jipinho compacto. Uma aparição da dupla aconteceu no Nova York Fashion Week, em setembro.
Recém-desembarcado no Brasil, o GLK não quer ser rotulado como carro de mulher, mas o supervisor de produtos da Mercedes, Roberto Gasparetti, admite que ele deve conquistar uma parcela do universo feminino maior do que a média da marca.
Por ser uma espécie de sedã Classe C com suspensão alta adaptável e tração inteligente nas quatro rodas, o GLK é confortável até na lama, quando os controles eletrônicos, por exemplo, impedem que uma roda sem aderência atole.
No entanto, para quem tem dó de colocar R$ 225 mil no barro, a saída é explorar o câmbio automático sequencial de sete marchas e os 231 cv (cavalos) do motor a gasolina V6 (seis cilindros em "V") na cidade -a versão a diesel só chega no ano que vem.

Linhas retas
E é no centro urbano, ao lado de outros concorrentes, como o BMW X3 (R$ 229 mil), que as linhas retas e inusitadas do Mercedes chamam a atenção.
Os vanguardistas, porém, vão sentir falta dos faróis de xenônio e do teto solar.
Apesar de a fita métrica apontar o GLK como um utilitário esportivo compacto -tem 30 cm a mais que o Ford Eco- Sport-, o jipinho alemão se diferencia pelo luxo.
Vem com rodas de aro 19 e sensor de obstáculos que "percebe" até a aproximação de pessoas ao redor do veículo. Traz ainda oito airbags, além de bancos e volante de couro com ajustes elétricos e memória.
Também elétrica é a tampa do porta-malas, uma comodidade principalmente para os baixinhos -ou baixinhas-, que sofrem com a pequena envergadura dos braços e com a altura do teto do GLK beirando 1,70 metro. Promete antecipar tendências estilísticas entre os novos utilitários. (FELIPE NÓBREGA)