São Paulo, domingo, 15 de março de 2009

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Honda lança a primeira moto flexível do mundo

Sistema roda com álcool ou gasolina, mas só equipará 50% das CG 150

DA REDAÇÃO

Esse filme já passou: a Ford foi a primeira a anunciar a tecnologia "flex", em 2002, e quase a última a lançá-la. Perdeu para a Volkswagen, que lançou o Gol TotalFlex em 2003.
Essa história agora só muda de personagem. No ano passado, a Ame apresentou a Amazonas 300 "flex" -moto chinesa montada em Manaus (AM). Ela nunca deu as caras na rua.
A Honda agora dá o pontapé inicial com um sistema flexível dos mais simples. Não há tanquinho de gasolina para a partida a frio, como nos carros, nem serpentina para esquentar o álcool, sistema lançado há duas semanas no Polo E-Flex.
Em tempo: o álcool tem propriedades químicas que dificultam a partida do motor em temperaturas abaixo de 15C.
Nessas condições, a Honda aconselha usar ao menos 20% de gasolina no álcool do tanque.
"Um tanquinho de gasolina precisaria de espaço e poderia se romper numa queda, comum em motos. Já a serpentina encarecia muito o modelo "popular'", explica Alfredo Guedes, engenheiro da Honda. "Além disso, 85% dos brasileiros não sabem o que são 15C."

Filme antigo
Há oito diferenciais na moto flexível, entre eles, filtro secundário de combustível para os resíduos do álcool e quatro mapas no módulo da injeção eletrônica. O painel da moto indica se está com álcool ou "Mix".
Esse sobrenome a diferencia da Titan a gasolina, que representará 50% da linha. Aliás, é outro filme que já passou.
A Honda lançou o Civic "flex" em 2006, prevendo que representasse apenas 30% das vendas. Resultado: ninguém queria comprar o Civic a gasolina, que encalhou. A Honda teve de fazer todos os Civic flexíveis e agora parece estar caindo no mesmo erro. (FABIANO SEVERO)



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