São Paulo, domingo, 16 de maio de 2004

Próximo Texto | Índice

É possível alugar carros para corrida em pista e na terra

Piloto de fim de semana

LUÍS PEREZ
FREE-LANCE PARA A FOLHA

"Não é pra ele frear aí!", gritava um afoito torcedor, referindo-se ao piloto Rubens Barrichello no último GP Brasil de Fórmula 1, em cena testemunhada pela Folha nas arquibancadas do autódromo de Interlagos. Prova de que brasileiro adora se mostrar entendido em automobilismo.
Já que começar a pilotar pela F-1 não é exatamente uma boa idéia, que tal procurar opções mais realistas para desenvolver seus do- tes de piloto de fim de semana? Não faltam alternativas, que vão bem além das despretensiosas brincadeiras de kart "indoor".
Há algumas regras, como idade mínima e habilitação especial, cuja graduação varia conforme cada categoria. Cumpridas essas exigências mínimas, é possível, por exemplo, tirar da garagem o velho Volkswagen Voyage, já fora de linha, e fazer dele seu carro de corrida.
"Dá pra correr desembolsando a partir de R$ 1.500 com o carro. Ou simplesmente alugar um por R$ 1.000 [por prova]", afirma Nelson Carvalho, 42, presidente da Associação Paulista de Marcas e Pilotos e responsável pelo Campeonato Paulista de Marcas.
Outros "velhinhos" na pista são os Fusquinhas da Copa Fusca 1.600. Um pouco mais caros que alguns do Paulista de Marcas. O custo para pilotar os veículos vai de R$ 3.000 a R$ 12 mil.
Mas os gastos podem ser bem maiores -eles variam bastante conforme a complexidade da competição. Na Fórmula 3 Sul-Americana, a compra do carro chega a R$ 345 mil. No Rally dos Sertões, é possível adquirir um veículo por, no mínimo, R$ 25 mil. Esses não são, entretanto, os únicos custos. A manutenção por corrida pode chegar a R$ 70 mil.

Aluguel
Antes de comprar um carro, dá para fazer um teste, alugando os veículos. A maioria das categorias aceita isso. Também é possível começar a correr no meio da temporada.
Em algumas modalidades, como os ralis da Troller e da Mitsubishi, o motorista pode usar seu próprio carro do dia-a-dia. Em outras, não há aluguel, e os automóveis, apesar de terem similares comerciais, recebem muitas alterações.
Uma vez adaptado para a pista, o carro de corrida não volta para as ruas. "As mudanças que são feitas incluem motor mais "bravo", suspensão, molas e não permitem que o automóvel rode como carro de passeio", atesta Arlindo Romero, 41, gerente da Renault Sports.


Próximo Texto: Piloto de fim de semana: Disputar provas exige licença especial
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.