JOSÉ AUGUSTO AMORIM
EDITOR-ASSISTENTE DE VEÍCULOS

A chance de estar perto de sonhos como Mercedes-Benz SLR McLaren ou Ferrari 612 Scaglietti está próxima. Na quinta-feira, o pavilhão de exposições do Anhembi passa a abrigar o Salão de São Paulo. O desfile de novidades ajuda o Brasil a entrar em sintonia com os lançamentos dos últimos salões de Frankfurt e Paris.
As principais novidades estão entre os modelos que pouquíssimos visitantes podem levar para sua garagem -ou para o exterior, como aconteceu com o único brasileiro que tem um SLR. "O cliente [de modelos muito caros] é bem informado. Ele já esteve no exterior e viu os lançamentos", diz Luis Fernando Beréa, diretor de vendas da DaimlerChrysler.
De olho num mercado que deve fechar o ano com 4.000 vendas, ele caprichou nos estandes das marcas do grupo: além do SLR, os "mortais" conferem, na Mercedes, o CLS, primeiro cupê quatro portas do mundo, e a segunda geração do SLK, que, com sorte, já pode ser visto nas ruas. No espaço da Chrysler, destaque para o sedã 300 C. Como em 2002, a Dodge mostra a Ram, picape que deve ser oferecida até dezembro.
Em sua 23º edição, o Salão de São Paulo reúne novidades que estrearam no de Paris, no mês passado. O jipinho Kia Sportage chega totalmente mudado, a Porsche exibe o Boxster, a Citroën traz o C4 -à venda por R$ 80 mil em 2005-, e a BMW traz o Série 1. Outra novidade é a volta da Seat, que apresentará o compacto Altea. Já a Ferrari faz suspense sobre a vinda do novíssimo F430.
As 28 montadoras também apostam em conceitos, aqueles carros que podem parecer loucura de designers, mas que antecipam tendências. São eles Audi Le Mans, Honda HSC e Volkswagen Concept R, o novo Golf conversível que será produzido em série.
Entre os "compráveis", o VW Cross Fox deve ser o destaque. As revendas o recebem no começo de 2005. Ele terá o papel que o Polo Fun tem na Europa -a versão "off-road" do hatchback será unicamente exibida por aqui. Chevrolet Corvette C6, Ford Mustang GT-R e Citroën C3 Pluriel serão exibidos, mas não devem chegar às revendas brasileiras.
Com expectativa de repetir os 500 mil visitantes da última edição, o Salão de São Paulo acontece num Anhembi levemente modificado. Não, ar-condicionado não foi instalado, mas a parte central do mezanino foi removida. O espaço interno continua o mesmo, mas a organizadora da feira, promete melhor distribuição dos expositores e melhor integração com o prédio central.
Além do calor, quem pagar R$ 20 pelo ingresso vai encontrar estandes sem novidades, como o da Jeep. O novo Grand Cherokee, apresentado em Nova York em abril, chega aqui no fim do ano que vem. A Toyota não confirma se a nova Hilux estará em seu estande. E a Fiat nega que mostrará a Idea, que começa a ser fabricado em Betim (MG) em 2005. Como o painel será diferente do europeu, prefere deixá-la guardada, e só traz uma série especial da Doblò.


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