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Venda de "jipões" cresce 10 vezes em 6 anos
Busca por segurança e por status motiva procura, mas apenas 5% usam carro na lama
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Jipões estão na moda. A
venda de utilitários, com ou
sem tração integral (4x4),
cresce mais do que a do próprio mercado de veículos.
Em 2004, eles ficavam
com menos de 1% das vendas. De 1,6 milhão de carros
comercializados, 13 mil eram
utilitários esportivos (SUVs)
ou "crossovers" -jipes derivados de carros de passeio.
As montadoras estimam
vender 130 mil neste ano
-quase 4% dos 3,4 milhões
de carros que devem ser licenciados, segundo previsão
da Anfavea (associação dos
fabricantes de veículos).
A capacidade para enfrentar qualquer terreno parece a
resposta mais óbvia para a alta nas vendas, mas poucos
donos encaram a lama.
"Pesquisas indicam que,
em média, apenas 5% dos
proprietários de utilitários
colocam seus carros fora da
estrada. A maioria, porém,
valoriza esse aspecto de valentia", diz Paulo Sérgio Kakinoff, presidente da Audi.
Por isso, há tantos nas capitais. Dos 2.000 Honda CR-V
(R$ 87 mil) vendidos em setembro, 14% foram em SP,
5% no Rio e 1,8% em Belo Horizonte. Já o Toyota SW4 (R$
150 mil) emplacou 35 em SP e
15 no Rio, de 550 no mês.
Em geral, os SUVs são
mais pesados e têm maior arrasto aerodinâmico que os
carros -ou seja, consomem
mais e andam menos.
Por outro lado, muitos jipões têm opção de tração
4x4, com gerenciamento da
força nas rodas em situações
de baixa aderência.
SEGURANÇA
"A tração 4x4 também
atrai pela segurança. Já a carroceria alta e robusta é adequada para ruas cada vez
mais esburacadas", avalia
Reinaldo Muratori, gerente
de engenharia da Mitsubishi.
Esse é o argumento de vendas do lançamento da marca.
O ASX é mais urbano, mas
oferece o 4x4.
Para Gustavo Colossi, gerente de marketing da Chevrolet, a venda está relacionada ao perfil do consumidor. "O cliente pode não usar
muitos dos equipamentos
que estão no carro, mas ele
gosta de saber que estão à
sua disposição e paga mais
por isso", afirma.
Os "crossovers" urbanos
costumam ter tração dianteira, como o Honda CR-V, o
Hyundai Tucson e o Kia Sportage. "Nesse caso, a compra é
motivada pelo status que esse tipo de veículo confere",
opina Ricardo Bock, professor de engenharia automotiva da FEI (Fundação Educacional Inaciana).
De acordo com os fabricantes, as mulheres também
aqueceram as vendas, atraídas pela posição elevada de
dirigir e sua sensação de segurança.
(RICARDO RIBEIRO)
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