São Paulo, domingo, 17 de dezembro de 2006

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peças & acessórios

Burocracia obriga viagem de animais a ser planejada

São precisos documentos e acessórios específicos para levar cães e gatos

André Porto/Folha Imagem
O filho e os cachorros de Ana Carolina Zanin são separados por uma tela de náilon; instalação foi na concessionária e custou R$ 160


ROSANGELA DE MOURA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Transportar o animal de estimação no carro exige planejamento. Além de ser recomendado prendê-los com um cinto de segurança ou numa caixa, é preciso até obter uma licença do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Nos deslocamentos para outro Estado, é necessário levar a carteira de vacinação anti-rábica e um atestado de saúde fornecido pelo veterinário. Para ir ao exterior, o ministério deve emitir o Certificado Zoosanitário Internacional.
Além dessas questões burocráticas, onde o animal será transportado é outra dúvida comum. O cinto de segurança para os bichos de estimação é recomendado e pode ser encontrado em pet shops por a partir de R$ 20, dependendo do tamanho do animal. O acessório é ajustado ao peito do animal, e a alça superior é presa ao cinto de segurança do carro.
É importante que o animal fique sempre no banco de trás e dentro do veículo. O motorista que não obedecer pode levar multas de R$ 72,86 a R$ 129,29 e ganhar até cinco pontos em seu prontuário.
Tantas regras têm um motivo: os animais, principalmente os maiores, podem provocar acidentes. O veterinário Wanderley Santos, 28, levava um pit bull que pulou do banco de trás para o da frente. Santos bateu seu Fiat Palio. "Depois disso, só levo os cachorros dentro de caixas apropriadas", comenta.
A advogada Ana Carolina Zanin, 28, adaptou sua Chevrolet Zafira para transportar seus cães. "Levo meu filho na cadeirinha e não posso permitir que eles pulem para o banco traseiro durante a viagem. Então pedi para a concessionária instalar uma rede de náilon entre o banco traseiro e o bagageiro."

Calor
As viagens muito longas são sempre estressantes para os animais -e viajar no verão chega a ser preocupante. O alerta é da veterinária Silvia Parisi, que recomenda uma parada a cada duas horas.
"Alguns cães enjoam se beberem água na viagem, mas outros têm essa necessidade." Ela também aconselha proteger o banco, pois cães e gatos, naturalmente, soltam pêlos.
"O tapete higiênico não pode faltar, pois absorve o xixi e evita o odor desagradável, além de permitir que o animal fica em lugar seco." E, ao descer do carro, a coleira é fundamental: "Eles ficam felizes e, muitas vezes, saem em disparada".

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA
www.agricultura.gov.br


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