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Dólar cai 30% no ano, mas preços reais, não
Montadoras argumentam ter congelado cotação pré-crise para manter vendas altas e fluxo de importação
DA REPORTAGEM LOCAL
Enquanto o dólar sofreu desvalorização de 30% neste ano
-foi de R$ 2,44 para R$ 1,70-,
o preço da maioria carros importados se manteve estável.
Para o presidente da Abeiva
(associação dos importadores
de veículos), Jörg Henning, os
preços dos carros só cairão se o
dólar se estabilizar abaixo de
R$ 1,65. Era a cotação da moeda
americana há um ano, antes do
agravamento da crise.
"Os modelos beneficiados
pelos descontos do IPI [Imposto sobre Produtos Industrializados] tiveram os preços reduzidos", afirma Henning, que,
além da Abeiva, preside a
BMW, beneficiada nos modelos 118i, 120i e 320i.
De acordo com o balanço da
Abeiva, o crescimento neste
ano foi de 1,4% -total de
23.240 unidades- em relação
ao mesmo período de 2008.
Não são computados os carros
estrangeiros trazidos por montadoras locais.
Segundo importadores, o
preço real dos carros foi congelado na crise, enquanto o dólar
estava "caro", pois as fábricas
concediam bônus. A Chevrolet,
por exemplo, reduziu o preço
do Omega (R$ 122 mil) em 3%.
Foi a saída das montadoras
europeias para aumentar a exportação para o Brasil (alta de
69%), pois o mercado interno
europeu caíra muito na crise.
O segmento no Brasil espera
fechar 2010 com alta de 10%
nas vendas. A BMW, que prevê
crescer 40% neste ano, totalizando 5.000 automóveis, prepara três lançamentos, entre
eles o "crossover" Série 5 GT.
A Mercedes também programa novidades, como a versão
esportiva AMG do Classe E cupê. A E350 Coupé foi apresentada na semana passada e custará R$ 285 mil.
(FELIPE NÓBREGA)
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