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HATCHBACKS
Na pista de testes, Peugeot se sai melhor que Focus, Astra e Golf; ele é o que mais traz equipamentos de série
307 supera os concorrentes automáticos
JOSÉ AUGUSTO AMORIM
EDITOR-ASSISTENTE DE VEÍCULOS
Do mesmo modo
que o brasileiro não
gostava de carro
quatro portas e
agora não compra
mais modelos com
apenas duas, ele está mudando
o gosto também em relação à
transmissão. Cada vez mais as
montadoras oferecem câmbio automático -que, aliado a um carro não muito grande, tem tudo
para fazer a felicidade dos motoristas que enfrentam o trânsito
caótico das grandes cidades.
É exatamente nesse perfil que se
encaixam os hatchbacks. A novidade do mercado é o Peugeot 307,
único "urbano" com câmbio que
permite trocas manuais -até então, só as versões turbinadas de
Volkswagen Golf e Audi A3 contavam com a tecnologia. Outra
peculiaridade pertence ao Chevrolet Astra, que roda com álcool,
gasolina ou os dois misturados.
Em desempenho, o 307 -que
agora é importado da Argentina- perde para o Ford Focus
apenas na tomada até 60 km/h.
São 4,84s contra 4,93s. Até os 100
km/h, o Peugeot leva 10,93s, enquanto o Ford precisa de 11,11s.
Para o Astra, são 11,97s, e o Golf é
o mais lento, com seus 12,56s.
O 307 também é ultrapassado
quando o Astra é abastecido com
álcool. Nesse caso, o Chevrolet
acelera de 0 a 100 km/h em 10,88s.
Mas o combustível "verde" não
consegue superar o 307 na chegada aos 120 km/h. O Astra registra
15,64s, contra 15,37s do argentino.
Na cidade, o também argentino
Focus mostra que é um boa opção. Ele tem as melhores retomadas de 40 a 80 km/h e entre 40 e
100 km/h: 6,08s e 9,44s. O Golf leva 7,0s e 10,96s, respectivamente.
No primeiro exemplo, o Focus supera o Astra a álcool, que "pede"
6,23s -com gasolina são 6,56s.
Mas, se o Golf tem o pior desempenho dos quatro hatchbacks, ele leva o trunfo em dois
aspectos: frenagem e preço básico. Em 35,7 m, ele pára se estiver
vindo a 80 km/h. São 6,7 m menos
que o Astra. Nas outras provas de
frenagem, o 307 se saiu melhor.
Equipamentos
Produzido em São José dos Pinhais (PR), o Golf é a opção mais
econômica para quem quer comprar um desses automáticos. A
versão Plus custa R$ 49.270,
R$ 7.980 mais em conta que o 307.
A Ford fixou o preço da linha
2005 em R$ 52.290, o que torna o
Focus o segundo mais barato, seguido pelo Astra, de R$ 55.199.
O problema é que o Golf é o
mais pobre em equipamentos. Só
ele não oferece nem ar-condicionado nem trio elétrico de série. O
ar digital -como os de 307 e Astra- sai por R$ 4.132. Por vidro,
trava e espelhos elétricos, é preciso arcar com R$ 2.939 (o computador de bordo faz parte do pacote). Porém cabe registrar que a
VW é a única a abolir o pedal esquerdo na versão de entrada.
Aparentemente o mais caro, o
307 é o que apresenta a melhor relação custo-benefício. A Peugeot
caprichou nos equipamentos de
série. Há freios ABS (antitravamento), disponíveis apenas no
Astra topo de linha. O toca-CDs
conta com comando no volante,
enquanto o do Focus incorpora o
viva-voz. O 307 é o único com
acendimento automático dos faróis, e compartilha com o Focus
rodas de liga leve de 15 polegadas.
Deixar o Volkswagen com os
mesmos equipamentos que o
Peugeot faz seu preço subir para
R$ 63.987. Ou seja, a vantagem
argentina passa a ser de R$ 6.728.
Pelo airbag duplo -que já sai da
linha de montagem no Astra e no
307- e os freios ABS, a Ford cobra R$ 3.810. O Focus passaria,
então, a R$ 56,1 mil.
E se o proprietário de um 307
resolver gastar essa diferença no
supermercado, terá mais facilidade para carregar o carro que os
donos de Astra, Focus e Golf. No
porta-malas do Peugeot cabem
420 l, contra 370 l do Chevrolet,
350 l do Ford e 330 l do Golf.
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