DA REDAÇÃO

Com as mudanças que recebeu na Europa em 2001 e que chegaram ao Brasil em 2002, a linha do Renault Mégane Sedan diminuiu a distância que a separava dos trejeitos do motorista nacional.
A começar pela buzina, que antes ocupava o interior de uma alavanca à esquerda e que agora passou a reinar no volante.
As pernas agradecem os 6,1 cm a mais de entreeixos, o que ampliou o espaço interno.
Ainda há outros destaques, pelo menos na versão topo de linha, a RXE, avaliada pela Folha.
Quando chove, os limpadores de pára-brisa passam a funcionar automaticamente. Mesmo os mais relapsos não deixarão de notar que os pneus estão pedindo mais ar, pois o painel avisa a hora de fazer a calibragem.
De resto, foram mantidos -e, em alguns casos, aprimorados- os equipamentos dos quais todo motorista gosta: direção hidráulica, ar-condicionado, acionamento elétrico dos vidros, toca-CDs com comandos no volante, airbags (bolsas de ar que inflam em batidas), regulagem de altura dos bancos e freios ABS.
Mas nem tudo são flores. Alguns problemas ergonômicos e de acabamento tiveram seu espaço preservado na atual versão. Colocados próximos do chão, os acionadores dos vidros elétricos estimulam pequenos abdominais. Os plásticos espalhados pelo interior têm um nível que não faz jus a um modelo que exige o desembolso de mais de R$ 40 mil.
Importado do México, o motor cumpre o que se espera de um 2.0, principalmente em giros superiores às 2.500 rpm (rotações por minuto). As ultrapassagens ocorrem sem que o motorista acelere os batimentos cardíacos, e as largadas nos semáforos urbanos deixam muita gente para trás.
Aliadas ao preço de R$ 42.990, essas são as armas do Mégane 2.0 para brigar numa faixa de mercado povoada por adversários do nível de Fiat Marea ELX 1.8 (R$ 45.430), Ford Focus Sedan Ghia 2.0 (R$ 48.700) e, acima de tudo, Chevrolet Astra Sedan 2.0 (R$ 35.712). (EDSON FRANCO)


Texto Anterior: Ficha técnica
Próximo Texto: Ficha técnica
Índice