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Financeiras retardam repasse da redução de juro
Economia no fim de um plano de 48 meses pode passar de R$ 1.000
DA REPORTAGEM LOCAL
Quase duas semanas após o
Banco Central cortar os juros
básicos da economia (Selic) em
um ponto percentual -para
9,25% ao ano-, concessionárias ainda usam as taxas antigas
para planos de financiamento.
"Não há como precisar quando chegarão as novas planilhas
de juros. Depende de cada banco", diz Reinaldo Nerva, gerente da Sinal, revenda Fiat.
Para o professor da FEA-USP
(Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da
Universidade de São Paulo)
Keyler Carvalho Rocha, quando a Selic cai, há diminuição do
custo de captação do dinheiro.
"Para repassar as taxas ao
consumidor, as financeiras
analisam a conjuntura do mercado. Com as vendas aquecidas
pela redução do IPI [Imposto
sobre Produtos Industrializados], não têm pressa em reajustar as taxas", afirma Rocha.
Segundo o consultor de vendas Juvenal Bonifácio, nem
sempre o repasse das taxas de
juros é imediato. "Mas, na época do auge da crise, no fim do
ano passado, as financeiras
atualizavam as tabelas até mais
de uma vez por semana, logo
que surgia alguma mudança na
economia", lembra.
R$ 10 por parcela
De acordo com Alexandre
Luiz, da concessionária Palazzo
Chevrolet, o medo do consumidor de perder o desconto do IPI
é maior do que a preocupação
com a queda dos juros.
"Quem trabalha com a taxa
de 1,49% ao mês, por exemplo,
poderia reduzi-la para cerca de
1,42%. Em financiamentos longos, como os de 48 meses, a redução na prestação de um "popular" poderia ser menor do
que R$ 10 por parcela", calcula.
Procurada pela Folha, a Anef
(Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras) não quis comentar.
(FELIPE NÓBREGA)
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