São Paulo, domingo, 22 de maio de 2011

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'Ecológicos' têm baixo consumo e tecnologia cara

Falta ainda incentivo fiscal aos 'verdes'; veículo elétrico não polui, mas tem taxa alta como a de eletrodomésticos

Único híbrido completo à venda no país, Ford Fusion levaria cerca de 16 anos para se pagar, rodando 15 mil km/ano


DE SÃO PAULO

Apesar de ser mais econômico que o pequeno Fiat Uno (75 cv), o grandalhão Ford Fusion Hybrid (193 cv) custa mais do que um importado de luxo. Esse é o preço para quem quer transitar no carro mais econômico do país ""18,6 km/l em trecho urbano, segundo ranking Folha-Mauá.
Por R$ 134 mil (60% mais que a versão 'normal'), o Fusion Hybrid traz como diferencial conjunto motriz composto por dois motores que aceleram o modelo de 0-100 km/h em menos de 10s. Ainda que auxiliar, o propulsor elétrico (107 cv) é o mais sofisticado deles e aproveita a energia desperdiçada em frenagens e desacelerações para transformá-la em parte do combustível que alimentará o carro ""na verdade, esse é o segredo da economia.
Também híbrido, o executivo Mercedes S400 (279 cv) sai por cerca de R$ 410 mil.
Bem menos sofisticado, o sistema "star/stop" do smart fortwo MHD mostra ser eficiente na cidade, onde o subcompacto francês percorre aproximadamente 17 km com um litro de gasolina.
De acordo com Dirlei Dias, gerente de produto da marca, o "start/stop" monitora a velocidade do veículo, poupando até 20% de combustível.
"Toda vez em que o carro para num semáforo, por exemplo, o motor se desliga automaticamente. Para religá-lo, basta pressionar o pedal do acelerador", ensina.
Com capacidade para até dois ocupantes, o remodelado smart (71 cv) mantém o preço inicial de R$ 50 mil.

BARREIRA FISCAL
Mas não é só carro caro que tem direito a pacotes de equipamentos voltados à diminuição do consumo. Fiat Mille Economy (R$ 23 mil) e Volks Gol Ecomotion (R$ 26 mil) apelam para soluções baratas mas eficazes, como pneus de baixa resistência a rolagem e alongamento da relação de marchas.
De acordo com os fabricantes, essas modificações reduzem em até 10% a ingestão de álcool e gasolina. Mas nem assim o mais bem colocado nacional no ranking dos abstêmios, o Gol Ecomotion (14,3 km/l), consegue fazer sombra aos rivais sofisticados.
Aliás, são eles quem mais sofrem com a falta de uma legislação específica. Os veículos elétricos, por exemplo, venerados por não emitirem poluentes ""e comercializados com isenções nos EUA e Europa"", tem seu comércio cerceado no Brasil pelas altas alíquotas de impostos, como a do IPI, de 25% ""cerca de três vezes maior do que a cobrada de um modelo 1.0 "flex". A última proposta de mudança, porém, foi barrada pelo governo Lula. (FELIPE NÓBREGA)



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