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Tecnologia tenta salvar, mas só motorista pode se proteger
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O piloto Ingo Hoffmann entrou em contato com a Folha
enquanto dirigia seu carro
-mas, como fez questão de esclarecer, sem nem sequer tirar
as mãos do volante.
Tudo isso graças ao equipamento computadorizado de
seu BMW X5, que permite, por
comando de voz, buscar um
contato na agenda telefônica e
ordenar a ligação, que entra no
sistema de som do carro.
"Hoje em dia, há diversos
equipamentos que buscam
conciliar a tecnologia à segurança, evitando que o motorista se disperse enquanto dirige",
afirma Carlos Henrique Ferreira, assessor técnico da Fiat.
A montadora lançou, em
2007, o Blue & Me. Desenvolvido com a Microsoft e disponível no Punto, o sistema, além
de permitir receber e fazer chamadas via comando de voz,
também lê para o motorista as
mensagens de texto recebidas
no celular. No porta-luvas, uma
entrada USB permite ao motorista introduzir um pendrive
com músicas em MP3, selecionadas também pela voz.
Já a Volvo criou o Driver
Alert Control, que, utilizando-se de uma câmera instalada no
espelho interno, de sensores e
de uma unidade de controle
-que medem a distância entre
o carro e as faixas da pista-,
alerta o motorista quando seu
nível de distração ou de fadiga
atinge o limite.
Fabio Racy, da Abramet,
acredita que toda e qualquer
inovação em relação à segurança seja bem-vinda. Mas diz que
a única estratégia 100% eficaz é
a consciência do motorista.
"Como proibir alguém de falar
ao celular ou de não comer ou
beber no carro? A fiscalização é
muito difícil, quase impossível.
Somente a consciência pode
evitar esse tipo de problema."
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