São Paulo, domingo, 23 de maio de 2004

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MINIVAN

Quase três anos depois da concorrência, transmissão importada da França passa a equipar monovolume da Citroën

Picasso é última a ter câmbio automático

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Em agosto de 2001, a Renault Scénic ganhou opção de câmbio automático. Oito meses depois, foi a vez da Chevrolet Zafira. Só a Citroën Xsara Picasso ficava devendo essa opção. Para compensar todo esse atraso, a resposta é oferecer a única transmissão que permite também trocas manuais.
O problema, na verdade, vem da França, onde apenas 5,5% dos motoristas optam por não trocar as marchas. Ou seja, a matriz não tinha essa alternativa para a Picasso. Mas cedeu e escolheu a mesma que já está no C5 e na C8: todos usam motor 2.0 16V, de 138 cavalos, e caixa de quatro velocidades.
Batizada de Automatique, a nova versão é 20 kg mais pesada que a Picasso manual. Por isso as molas dianteiras foram reforçadas para manter a altura em relação ao solo. Comparado ao modelo europeu, o brasileiro ganhou relações mais curtas. Há um software para o Mercosul que privilegia retomadas e aceleração -além de aceitar o álcool da gasolina.
O câmbio se adapta ao estilo de o motorista dirigir, demorando para trocar as marchas conforme a força no acelerador. Mas, em subidas íngremes de São Paulo, a Picasso "engasgou" nas reduções.
Sem divulgar dados, a montadora afirma que o consumo da minivan aumentou até 12% em relação ao da manual. Segundo teste Folha-Mauá, a Picasso sem transmissão automática faz, na cidade, a média de 9,5 km/l. Na estrada, um litro de gasolina é suficiente para rodar 14,5 km.

Mercado
O câmbio automático está disponível nas duas versões da Picasso. Se, por fora, a única novidade é o logotipo "Automatique" nas portas e no porta-malas, por baixo, a versão mais simples esconde os freios com ABS (antitravamento) e EBD (distribuição eletrônica da força de frenagem), que passam a ser equipamento de série.
A Picasso GLX ficou R$ 5.800 mais cara, passando a custar R$ 57.410. A topo de linha, Exclusive, sai por R$ 61.830. "Apenas repassamos o custo em euro do câmbio", diz Sergio Habib, presidente da Citroën do Brasil.
A Zafira parte dos R$ 62.720, e a Scénic 2.0 começa em R$ 60.990. Todas oferecem airbag duplo, mas apenas a Picasso tem os laterais. No mais, as três contam com ar-condicionado, trio elétrico, freios com ABS e travamento automático das portas -a Zafira é a única que não traz toca-CDs, mas permite levar sete passageiros.
Habib estima que 40% dos consumidores prefiram a nova transmissão e que haja um crescimento de 20% nas vendas da Picasso. A expectativa é comercializar 3.500 carros até o final do ano.
(JOSÉ AUGUSTO AMORIM)


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