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SALÃO - DESTAQUE
Números de fábricas apontam que seu desempenho é superior ao dos concorrentes Classe A e A3, os três novidades na Europa
Série 1 combina design e equipamentos
DO ENVIADO ESPECIAL A FRANKFURT
Ele é pequeno, mas atrevido.
Seu volume de cerca de 10,6 m3
(4,23 m de comprimento, 1,75 m
de largura e 1,43 m de altura) destaca-se como propaganda de uma
locadora de automóveis no aeroporto de Frankfurt, um dos mais
movimentados do mundo. Afinal, quem é o BMW criado para
enfrentar, no segmento de entrada, Audi e Mercedes-Benz?
O Série 1 é diferente desde o começo. Não há chave, mas o mesmo sistema usado no Série 7, sedã
mais sofisticado da marca bávara.
É preciso colocar uma espécie de
cartão e apertar um botão. Pronto, o motorista do 120i passa a ter
à disposição 150 cavalos e 20,4
kgfm. Raridade no Brasil, o câmbio manual é de seis velocidades.
Segundo números da BMW, o
alemãozinho vai de 0 a 100 km/h
em 8,7s e atinge uma velocidade
máxima de 217 km/h. Porém o
que se percebe é que o Série 1 demora um pouco para "acordar".
Mesmo assim, as concorrentes
divulgam números inferiores. De
acordo com a Audi, o A3 Sportback atinge os 100 km/h em 9,1s
-mas a montadora oferece uma
apimentada opção V6 (seis cilindros em "V") de 250 cv.
A Mercedes-Benz informa que
o velocímetro do A 200 reestilizado é o último a marcar 100 km/h:
ele leva 9,8s. São 136 cv, mas há
um motor turbinado de 193 cv.
Vale lembrar que os três são novidades na Europa. Eles foram
lançados no Salão de Paris, que
aconteceu em setembro. Mas só o
Série 1 é inédito -os outros são
novas gerações. O que se percebe
na Alemanha, berço das três marcas, é que as revendas da BMW
têm feito mais "barulho".
A montadora está contente com
o resultado. Em pouco menos de
duas semanas, entregou a 5.654
clientes um Série 1 -além do
propulsor 2.0, há outro 1.6 e mais
duas motorizações a diesel. Até o
fim do ano, a expectativa é vender
pelo menos 10 mil carros por mês.
Premium
O Série 1 foi concebido para ser
um compacto premium. Por isso
traz muito mais do que o "óbvio".
Os freios com ABS (antitravamento) ajudam na segurança
também como outros motoristas
o enxergam: o "brake light" se
acende em duas etapas, indicando
a intensidade da freada. Os pneus
podem continuar rodando mesmo que tenham furado.
Opcionalmente, o consumidor
leva o iDrive, complicado sistema
que reúne controle de ar-condicionado e rádio, entre outras funções. Por sorte, o interior do 120i
que pode ser visto no Anhembi
não ostenta o mecanismo, também presente nos Séries 5 e 7.
Outra atração importada de
carros mais luxuosos é as portas
se abrirem só de sentir a "chave".
Entrar até pode ser fácil, mas se
acomodar na traseira não. A curva do teto faz os motoristas mais
altos rasparem a cabeça.
Apesar de todo o recheio, o Série 1 tem sido criticado porque, na
maioria, é preciso pagar a mais
por esses equipamentos. O 120i
custa, na Alemanha, a partir de
23,6 mil. São aproximadamente
R$ 87 mil, R$ 10 mil a mais do que
custa aqui uma Fiat Marea Weekend, que já não existe mais do
outro lado do Atlântico.
Mesmo assim, a posição alemã é
de fazer inveja. O plano de leasing
(aluguel com opção de compra ao
final do contrato) de 36 meses
prevê prestações de 149 para o
116i. Pensando bem: quem não
pagaria R$ 550 para circular com
um dos últimos lançamentos da
indústria automobilística mundial?
(JOSÉ AUGUSTO AMORIM)
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