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Em Portugal, presidente anda até com esportivo
José Augusto Amorim/Folha Imagem
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O Pegaso Z 102 foi doado pela Espanha; com as inundações que ocorreram em Lisboa em 1967, foi bastante danificado |
EM LISBOA
É fácil pensar que presidentes da República circulam a
bordo de um Rolls-Royce, não
importa o modelo nem o ano de
fabricação. Uma exposição em
Lisboa, no entanto, revela que
os mandatários portugueses já
tiveram limusine da Citroën e
até mesmo um modelo esportivo, o Pegaso Z 102. O veículo
mais recente da frota da Presidência é um BMW 760 Li, adquirido no início deste ano.
Os presidentes brasileiros
também fazem parte da "garagem" portuguesa. Café Filho visitou Lisboa em 1955 e desfilou
em um Cadillac Sixty-Two,
que, conversível, foi comprado
para aproximar os chefes de Estado da população. Juscelino
Kubitschek usou, em 1960, o
mesmo Rolls-Royce Phantom
3 que transportou o americano
Eisenhower e o papa João 6º e
que, inicialmente, pertecia a
um príncipe indiano.
Os automóveis foram importantes na história de Portugal,
principalmente no fim na década de 60, quando diminuíram
as viagens presidenciais ao exterior. O investimento foi em
carros fechados e confortáveis,
usados até a década de 90, como o Mercedes-Benz 600 Sedan. Há espaço para oito pessoas, bancos com ajustes elétricos e janela que separa o motorista dos passageiros.
Outro veículo bastante usado
na época -em especial por
Américo Tomás, que viajava
pelo país e inaugurava estradas,
pontes e barragens- foi o Vanden Plas Princess. O modelo
belga leva sete pessoas, e seu interior é revestido de madeira. O
motor 4.0 desenvolve uma velocidade máxima de 150 km/h.
O propulsor foi fornecido pela Rolls-Royce -e, mais uma
vez, ela transportou um presidente.
(JOSÉ AUGUSTO AMORIM)
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