6ª geração do Toyota tem 284 cv; preço supera o de rivais em até R$ 38,4 mil

DA REPORTAGEM LOCAL

Parece que a "era dos sedãs" será mesmo duradoura. Depois da série de lançamentos no segmento dos médios, o Toyota Camry chega para agitar o mercado dos grandes e brigar com o Chevrolet Omega, o Citröen C5, o Honda Accord, o Peugeot 407 e o Volkswagen Passat.
Mais potente que os concorrentes, o japonês também é o mais caro: são R$ 163.072 pelo prazer de acelerar o motor V6 (seis cilindros em "V") de 284 cv (cavalos) e 35,3 kgfm de torque (força). O rival mais barato é o Passat 2.0, de R$ 124.659, e o que mais se aproxima do novo modelo é o 407 (R$ 155 mil).
Nas concessionárias consultadas pela Folha, no entanto, o preço de tabela sobe para R$ 170 mil, e nem todas têm o carro para pronta entrega. A média de espera é de 30 dias.
Carro mais vendido nos EUA desde 2002, o Camry é bem equipado. De série, há teto solar, rodas de 16 polegadas, controlador de velocidade, faróis de xenônio com limpadores, toca-CDs e MP3 e câmbio automático de seis marchas com trocas manuais. Os bancos traseiros reclinam oito graus.
Para auxiliar na segurança, a única versão do Camry traz freios com ABS (antitravamento), EBD (distribuição da força de frenagem) e BA (assistência à frenagem de emergência), além de VSC (controle de estabilidade) e TRC (tração).

"Muscle car"
Como muitos consumidores achavam a versão anterior conservadora, a montadora quis dar um aspecto mais "musculoso" ao sedã, o que não significa uma mudança de público. "O preço restringe um pouco. Não queremos buscar um público mais jovem, mas que o comprador se sinta mais jovem no carro", diz Paulo Manzano, 36, gerente de produto da Toyota.
Se a idéia de espírito jovial se traduzir em velocidade, as notícias são boas: para chegar a 100 km/h, os testes da Toyota apontam 7,4s, e o velocímetro pode atingir 230 km/h.
(GERSON CAMPOS)