São Paulo, domingo, 25 de setembro de 2011

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Frankfurt decreta fim da 'guerra dos cilindros'

Tecnologia é aposta para reduzir motores e manter desempenho

Consciência do público e leis de controle de poluição rígidas levam mais fabricantes a optar pelo 'downsinzing'

RICARDO RIBEIRO
ENVIADO ESPECIAL A FRANKFURT

As preocupações ecológicas do público e leis de controle de emissões de poluentes estão "apertando" os fabricantes cada vez mais. A era dos motores V12 e V8 parece estar com os dias contados.
"Downsinzing" é palavra de ordem no Salão de Frankfurt. O nome é feio, mas o resultado é bom: trocar motores grandes e potentes por propulsores menores que, com o auxílio de turbos e injeção direta de combustível, têm bom desempenho e menores consumo e emissões.
"É hora de parar de contar cilindros", afirma Peter Mertens, vice-presidente de pesquisa e desenvolvimento da Volvo, que lançou uma nova família de motores, a VEA (Volvo Environmental Architecture, em inglês).
São blocos 1.5 de três cilindros e 2.0 de quatro cilindros e uma promessa de consumo 35% menor em relação aos motores atuais da marca.
"Até ao final da década, todos os modelos da Volvo estarão equipados com motores de no máximo quatro cilindros com melhores performances que os atuais de seis cilindros e mais econômicos que os atuais de quatro cilindros", diz Mertens.
A Ford apresentou um Focus com o novo motor EcoBoost 1.0 de três cilindros, com injeção direta e turbo, que diz ter desempenho de 1.4 e consumo de 1.0. "Serão nove fábricas de motores EcoBoost no mundo, e o Brasil tem chances de ser incluído", revela Graham Hoare, diretor de motores da Ford.
No Brasil, o motor equiparia a nova geração do Ka, baseada no conceito Start.
Já a Renault mostrou em Frankfurt seus primeiros motores "downsizing". A linha Energy equipará o Mégane e a minivan Scénic na Europa.
Prometendo fazer 20 km/l, o bloco a gasolina 1.2 é sobrealimentado para entregar até 115 cv -o mesmo que os 1.6 16V aspirados da marca.


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