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Volvo "encolhe" para crescer
C30 chega em 2007 para concorrer com Audi
PATRÍCIA TRUDES DA VEIGA
ENVIADA ESPECIAL À ESPANHA
Encolher para crescer. É essa
a estratégia mundial da Volvo
ao lançar o C30, o menor carro
de sua linha (4,25 m, 22 cm menor que o S40), e brigar num
mercado que, no Brasil, é disputado por Audi A3, BMW Série 1 e Mercedes-Benz Classe B.
Ainda sem preços definidos
-estima-se que comecem em
R$ 120 mil-, o C30 só chega ao
Brasil em abril do ano que vem,
com três motorizações: 2.0
(145 cv, câmbio manual), 2.4
(170 cv, automático) e T5 (220
cv, também automático).
Em Palma de Mallorca (Espanha), palco de seu lançamento mundial, a Volvo anunciou
que seu objetivo é produzir
65 mil C30 por ano, 75% para
abastecer o mercado europeu.
No Brasil, a meta é comercializar 120 C30 por ano -a Volvo
vendeu 480 carros em 2006,
25% a mais que em 2005 (385),
sendo que 25% foram de S40,
hoje seu modelo de entrada
(R$ 129 mil). De acordo com a
Volvo, os concorrentes do C30,
juntos, venderam, neste ano,
até outubro, 2.435 unidades,
sendo que 1.917 foram de Audi.
Na Europa, onde o carro começa a ser vendido neste ano, a
estratégia é atrair "jovens bem
sucedidos", já que o modelo
carrega fortes traços esportivos, do visual à motorização.
Aqui, a Volvo ainda não definiu como será sua ação de marketing. Hoje, segundo a montadora, seus compradores têm de
35 a 60 anos e prezam pela distinção. Um conflito para o perfil do jovem brasileiro comprador de compactos esportivos.
Traços esportivos
De frente, o C30 repete linhas do S40, com sutis diferenças. Mas o que chama a atenção
é a sua traseira -e a tampa de
vidro do porta-malas. Há toques de design espalhados por
todo o carro: do painel de instrumentos às lanternas traseiras em forma de ferradura.
Também não se poupou com
segurança -dos tradicionais
airbags ao inovador sistema
Blis (que identifica o ponto
cego); com som de primeiríssima linha e com "tuning" de fábrica -de pintura em dois tons
a interior personalizado.
Projetado como um esportivo de duas portas e quatro lugares -sim, o banco traseiro tradicional foi substituído por dois
assentos e não há chances
de um quinto passageiro-, seu
porta-malas é pequeno. Para
volumes maiores, há a opção
de rebater os assentos.
Está certo também que A3,
Classe B e Série 1 estão em pé
de igualdade nesses quesitos.
Mas onde não há empate é na
performance. A Folha avaliou
os modelos com motor 2.5 T5
(220 cv) manual e automático.
Se, na versão manual, o C30
não fica atrás dos modelos topo-de-linha da concorrência,
na versão automática sua performance deixa a desejar.
Segundo a Volvo, o 2.5 T5,
no Brasil, não virá com opção
manual. Para quem objetiva
abocanhar parte do mercado
já conquistado por Audi, BMW
e Mercedes-Benz, a monta-
dora sueca tem, aqui, uma
tarefa e tanto nas mãos.
A editora de Suplementos viajou a convite da Volvo,
que cedeu o carro para avaliação.
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